Economia

Economia americana sente impacto de paralisação histórica no país

Há 22 dias sem atividade, está difícil avaliar a saúde da economia ao atrasar ou distorcer relatórios cruciais sobre crescimento, gastos e contratações

Shutdown: muitos economistas veem o shutdown, caso persista, cada vez mais como um peso sobre a economia (Shannon Stapleton/Reuters)

Shutdown: muitos economistas veem o shutdown, caso persista, cada vez mais como um peso sobre a economia (Shannon Stapleton/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de janeiro de 2019 às 15h53.

Washington - A paralisação parcial do governo dos Estados Unidos está começando a tornar difícil avaliar a saúde da economia ao atrasar ou distorcer relatórios cruciais sobre crescimento, gastos e contratações.

Além disso, muitos economistas veem o shutdown, caso persista, cada vez mais como um peso sobre a economia.

Por causa do fechamento de parte da máquina pública federal, Michael Feroli, do J.P. Morgan, revisou para baixo a sua projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) americano nos primeiros três meses de 2019 de 2,25% para 2,00%, em bases anualizadas.

Os dados publicados por órgãos federais sobre construções de moradias e vendas no varejo, por exemplo, não serão divulgados na semana que vem porque os funcionários públicos que compilam as informações estão em licença compulsória sem remuneração.

Com a Macy's e a Kohl's dizendo na última quinta-feira que as suas vendas na temporada de feriados de fim de ano foram mais fracas que o esperado, uma medição mais ampla das vendas no varejo teria oferecido uma clareza importante.

O próximo relatório sobre o crescimento do PIB, previsto para 30 de janeiro, não será publicado se o shutdown perdurar até lá. Mesmo se o governo for inteiramente reaberto até essa data, é improvável que os servidores federais tenham tempo suficiente para produzir os dados.

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