Economia

"É preciso sentar para conversar", diz diretor-geral da OMC

Membros da OMC devem "sentar para conversar" e tentar chegar a entendimento sobre um programa de trabalho sobre a liberalização do comércio mundial, diz diretor

Roberto Azevêdo, diretor-geral da OMC (Saíd Jan/AFP)

Roberto Azevêdo, diretor-geral da OMC (Saíd Jan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 22h59.

Davos - Os 160 países membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) devem "sentar para conversar" e tentar chegar a um entendimento sobre um programa de trabalho sobre a liberalização do comércio mundial - declarou nesta sexta-feira Roberto Azevêdo, diretor-geral da instituição.

A OMC se deu até junho para preparar este programa de trabalho, afirmou Azevedo, durante debate realizado no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

"É preciso estar aberto, o mundo mudou, e é preciso ser criativo, a pior das soluções será a imobilidade e a paralisia", acrescentou o diretor-geral da OMC, que há quase 15 anos tenta levar e concluir negociações visando liberalizar o comércio internacional, a chamada "Rodada Doha".

Até o momento não foram atingidos resultados tangíveis, graças a posições muito divergentes entre países ricos e em desenvolvimento.

Mesmo assim, um passo foi dado nesta sexta-feira com o acordo aduaneiro, chamado acordo sobre a facilitação de trocas - que a OMC conseguiu fechar no ano passado. O representante norte-americano para o Comércio, Michael Froman, entregou formalmente a carta de aceitação oficial deste acordo aduaneiro a Azevedo.

"A entrega da carta era a última etapa que os Estados Unidos tinham que cumprir para que o acordo entrasse em vigor", segundo um comunicado oficial americano.

Este acordo deverá melhorar a eficácia dos procedimentos aduaneiros e gerar "milhares de dólares em atividades econômicas".

Os Estados unidos são o terceiro país membro da OMC a entregar a carta de aceitação, após Singapura e Hong Kong.

O acordo aduaneiro é o primeiro acordo multilateral concluído pela OMC desde sua criação, há 20 anos. Desde novembro de 2014, os países membros iniciaram o processo de ratificação formal do acordo - que entrará em vigor uma vez ratificado por dois terços dos países membros.

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