Economia

Dubai pode interromper alta dos ativos de risco, diz Merrill Lynch

Analistas comparam situação do emirado com primeira falência de instituição financeira na China, em 1999

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2011 às 15h18.

Os eventos desencadeados com a crise em Dubai, após o pedido de moratória do grupo Dubai World, não são exatamente forças que provocarão grandes baixas no mercado, segundo analistas da Merrill Lynch. Entretanto, as dificuldades da empresa estatal de Dubai podem levar a uma interrupção “mais do que necessária para a tendência de alta dos ativos de risco, e não o começo de uma nova crise do crédito".

A falência causou a queda de 12% no valor das ações na China em apenas um dia. Além disso, outro fenômeno observado foi o fato de que houve uma corrida para a venda de ativos de risco, o que deve acontecer também no caso de Dubai. O movimento deve contribuir para interromper a sequência de alta dessas ações.

(Ainda) sem pânico
Os analistas da Merrill Lynch afirmam que a quantidade de dívida envolvida no episódio em Dubai é pequena – “a dívida total da Dubai World é estimada em 26,5 bilhões de dólares, sendo que o emirado tem dívida de 88 bilhões de dólares.

As informações sobre a dívida e a agenda de pagamentos com vencimento próximo em mercados emergentes colocam Hungria, Barein, Bulgária e Romênia como alguns dos países mais expostos à inadimplência no futuro. “Mas estas são economias pequenas”, diz o relatório da Merrill Lynch, minimizando o risco para os investidores.

Acompanhe tudo sobre:DubaiEmpresasEndividamento de paísesMerrill Lynch

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo