Economia

Draghi afirma que recuperação da zona do euro é "frágil"

Para presidente do BCE, embora o crescimento da economia da zona do euro no segundo trimestre fosse bem-vindo, "a recuperação estava apenas no início"


	Mario Draghi: "a expectativa do conselho diretor do BCE é de que as principais taxas de juros do banco continuem iguais ou em níveis menores"
 (Lisi Niesner/Reuters)

Mario Draghi: "a expectativa do conselho diretor do BCE é de que as principais taxas de juros do banco continuem iguais ou em níveis menores" (Lisi Niesner/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2013 às 09h12.

Berlim - O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmou nesta segunda-feira que a economia da zona do euro continua "frágil", que o desemprego ainda está "alto demais" e reiterou que o BCE vai manter as taxas baixas.

Durante um evento da indústria alemã em Berlim, Draghi disse que embora o crescimento de 0,3 por cento da economia da zona do euro no segundo trimestre fosse bem-vindo, "a recuperação estava apenas no início".

Em julho, o BCE abandonou sua tradição de nunca se comprometer com antecedência sobre futuros movimentos utilizando a chamada "orientação futura", afirmando que poderia manter as taxas de juros iguais ou em níveis menores por um período prolongado, uma mensagem que Draghi reiterou nesta segunda-feira.

"Dada a perspectiva de inflação moderada se estendendo ao médio prazo, a expectativa do conselho diretor do BCE é de que as principais taxas de juros do banco continuem iguais ou em níveis menores por um período prolongado", disse Draghi.

Ele também afirmou que a consolidação dos esforços dos governos e o programa de compra de títulos de Transações Monetárias Diretas do BCE ajudaram a trazer uma melhora aos mercados.

"Em geral, o risco de um evento extremo na zona do euro acabou --e, com isso, o risco de um impacto negativo na estabilidade dos preços." Draghi também disse que recomeçar a emprestar para o setor privado era prioridade.

Acompanhe tudo sobre:BCECrise econômicaMario DraghiZona do Euro

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto