Economia

Dívida Pública recua 0,01% e fecha abril em R$ 1,94 tri

A parcela de títulos atrelados à taxa Selic (flutuante) subiu de 20,62% do total da DPF em março para 20,99% em abril


	A queda de 0,01% no estoque da DPF em abril ante março é explicada por um resgate líquido no mês no valor de R$ 16,140 bilhões, compensado em parte pela apropriação de juros no valor de R$ 15,926 bilhões
 (Marcos Santos/usp imagens)

A queda de 0,01% no estoque da DPF em abril ante março é explicada por um resgate líquido no mês no valor de R$ 16,140 bilhões, compensado em parte pela apropriação de juros no valor de R$ 15,926 bilhões (Marcos Santos/usp imagens)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2013 às 15h40.

Brasília - A Dívida Pública Federal (DPF) apresentou uma queda de apenas 0,01% no mês de abril em relação a março e atingiu R$ 1,940 trilhão. Os números foram divulgados nesta quinta-feira, 23, pelo Tesouro Nacional. A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 15,926 bilhões.

A DPF inclui a dívida interna e externa. Enquanto a Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) caiu 0,002% e fechou o mês em R$ 1,851 trilhão, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,02% menor, somando R$ 88,53 bilhões.

O custo médio da Dívida Pública Federal (DPF) nos últimos 12 meses até abril caiu para 11,20% ao ano em abril ante 11,42% ao ano em março. O custo médio da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) em 12 meses caiu de 11,14% para 11,10% ao ano no mesmo período.

O prazo médio da DPF em abril ficou em 4,22 anos. O resultado mostra uma alta em relação a março, quando o prazo médio estava em 4,18 anos. O Tesouro Nacional espera fechar 2013 com um prazo médio da DPF entre 4,1 anos e 4,3 anos. A parcela da DPF a vencer em 12 meses atingiu 25,52% do total do estoque em abril, ante 25,64% em março.

A parcela de títulos atrelados à taxa Selic (flutuante) subiu de 20,62% do total da DPF em março para 20,99% em abril. Já a participação de títulos prefixados passou de 38,74% em março para 37,85% no mês passado. Os títulos atrelados à inflação fecharam abril em 36,75% , ante 36,20% total da DPF em março. O total de papéis corrigidos pela taxa de câmbio caiu de 4,44% para 4,41 % do total da DPF.

As participações dos títulos prefixados e dos remunerados pela taxa Selic no estoque da DPF em abril continuaram fora dos parâmetros fixados pelo Plano Anual de Financiamento (PAF). A meta do órgão é fechar o ano com uma fatia de títulos prefixados entre 41% e 45% do total da dívida. O Tesouro também planeja fechar 2013 com a participação desses papéis entre 14% e 19% do estoque.


A queda de 0,01% no estoque da DPF em abril ante março é explicada por um resgate líquido no mês no valor de R$ 16,140 bilhões, compensado em parte pela apropriação de juros no valor de R$ 15,926 bilhões. No acumulado do primeiro quadrimestre, houve um resgate líquido de R$ 133,318 bilhões, motivo que levou a uma queda no estoque da DPF este ano. A dívida fechou 2012 em R$ 2,007 trilhões. Foi uma redução de R$ 67,670 bilhões, ou menos 3,37%, em relação ao estoque de dezembro. Isso porque parte do impacto dos resgates líquidos foi neutralizado pela correção de juros, que somou R$ 65,648 bilhões de janeiro a abril de 2013.

Estrangeiros

A participação dos investidores estrangeiros no estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) em abril somou R$ 269,44 bilhões, 14,55% do total do estoque, ante R$ 273,32 bilhões (14,76%) em março. É a primeira vez desde setembro de 2011 que o valor nominal cai.

Em março, a participação dos estrangeiros na DPMFi foi a maior da série histórica do Tesouro. No mês passado, o coordenador de operações da Dívida Pública, José Franco, disse que a tendência era de que o volume nominal nas mãos de estrangeiros continuasse aumentando.

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