Dívida pública (Bruno Domingos/Reuters)
Agência de notícias
Publicado em 29 de maio de 2023 às 15h09.
Última atualização em 29 de maio de 2023 às 15h19.
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 2,38% em abril e fechou o mês em R$ 6,032 trilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 29, pelo Tesouro Nacional. Em março, o estoque estava em R$ 5,892 trilhões.
A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 48,15 bilhões no mês passado, enquanto houve uma emissão líquida de R$ 92,30 bilhões.
A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) avançou 2,33% em abril e fechou o mês em R$ 5,790 trilhões.
Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 3,44% maior no mês, somando R$ 242,42 bilhões ao fim de abril.
Com a manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano e a expectativa de queda em algum momento no segundo semestre deste ano, a parcela de títulos da DPF atrelados à Selic caiu em abril para 38,84%. Em março, estava em 39,08%. Já os papéis prefixados aumentaram a fatia de 24,70% para 24,81%.
Os títulos remunerados pela inflação aumentaram para 32,11% do estoque da DPF em abril, ante 32,00% em março. Os papéis cambiais oscilaram a participação na DPF de 4,22% para 4,24% no mês passado.
O Tesouro informou ainda que parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou alta, passando de 22,09% em março para 22,90% em abril. O prazo médio da dívida teve redução de 4,04 anos para 3 99 anos na mesma comparação.
Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF caiu de 11,10% ao ano para 10,68% a.a. no mês passado.
A participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública caiu em abril. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da DPMFi variou de 9,74% em março para 9,51% no mês passado.
No fim de 2022, a fatia estava em 9,36%. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 550,95 bilhões em abril, ante R$ 551,08 bilhões em março.
A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 28,82% em abril, ante 28,06% em março. A parcela dos fundos de investimentos passou de 23,79% para 23,57% no mês passado.
Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 23,37% para 23,51% de um mês para o outro. Já as seguradoras passaram de 4,15% para 4,07% na mesma comparação.
O Tesouro Nacional encerrou abril com R$ 1,053 trilhão no chamado "colchão da dívida", a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado é 8,19% maior em termos nominais que os R$ 973,56 bilhões que estavam na reserva em março.
O montante ainda é 1,57% maior que o observado em abril de 2022 (R$ 1,037 trilhão).
No fim de abril, o colchão era suficiente para honrar 8,55 meses de vencimentos de títulos.
O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.
O órgão trabalha com um mínimo prudencial equivalente a uma reserva para três meses de vencimentos