Economia

Dívida pública federal sobe 2,82% em maio, diz Tesouro

Estoque da dívida pública subiu 2,82% em maio e atingiu R$ 2,878 trilhões, segundo o Tesouro Nacional


	Dívida pública: estrangeiros diminuíram a aquisição de títulos do Tesouro Nacional em maio
 (Stock.xchng/ Afonso Lima)

Dívida pública: estrangeiros diminuíram a aquisição de títulos do Tesouro Nacional em maio (Stock.xchng/ Afonso Lima)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2016 às 10h17.

Brasília - O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 2,82% em maio, quando atingiu R$ 2,878 trilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 27, pelo Tesouro Nacional. Em abril, o estoque estava em R$ 2,799 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 34,76 bilhões no mês passado. Também houve emissão líquida de R$ 44,32 bilhões em títulos em maio. A DPF inclui a dívida interna e externa.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 2,77% e fechou o mês em R$ 2,744 trilhões.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 3,94% maior, somando R$ 134,70 bilhões no mês passado. De acordo com o Tesouro, a variação deveu-se principalmente à desvalorização do real frente às moedas que compõem o estoque da DPFe.

Participação de estrangeiros

Os estrangeiros diminuíram a aquisição de títulos do Tesouro Nacional em maio. A participação dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da DPMFi caiu de 17,39% em abril para 16,60% em maio, somando R$ 455,54 bilhões, segundo os dados do Tesouro Nacional. Em abril, o estoque da dívida interna nas mãos de estrangeiros estava em R$ 464,29 bilhões.

A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve elevação de 21,86% em abril para 22,87% em maio. Os Fundos de Investimentos aumentaram a sua fatia de 20,87% para 21,30% no período. Já as seguradoras tiveram redução na participação de 4,71% para 4,62% na passagem do mês.

DPF a vencer

A DPF a vencer em 12 meses subiu de 18,86% em abril para 20,40% em maio, segundo o Tesouro Nacional. Já o prazo médio da dívida caiu de 4,75 anos em abril para 4,67 anos no mês passado.

O custo médio acumulado em 12 meses da DPF manteve-se em 14,25% ao ano nos últimos dois meses.

Parcela de prefixados

A parcela de títulos prefixados na DPF subiu de 34,48% em abril para 35,32% em maio. Os papéis atrelados à Selic, por sua vez, diminuíram sua participação, de 26,16% para 25,84% no mesmo período, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional.

Os títulos remunerados pela inflação caíram para 33,96% do estoque da DPF em maio, ante 34,55% em abril. Os papéis cambiais, por sua vez, elevaram a participação na DPF de 4,81% em abril para 4,88% em maio.

À exceção dos títulos atrelados ao câmbio, todas as demais categorias de títulos da DPF estão fora dos intervalos previstos nas metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) 2016.

O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos remunerados pela Selic em 2016 vai de 30% a 34%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta é de 29% a 33% e, no de câmbio, de 3% a 7%. Para os papéis prefixados, o intervalo vai de 31% a 35%.

Acompanhe tudo sobre:Dívida públicaIndicadores econômicosTesouro Nacional

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto