Estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 1,01% em junho, quando atingiu R$3,754 trilhões (iStock/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de julho de 2018 às 10h41.
Última atualização em 25 de julho de 2018 às 10h42.
Brasília - O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 1,01% em junho, quando atingiu R$ 3,754 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 25, pelo Tesouro Nacional. Em maio, o estoque estava em R$ 3,716 trilhões.
A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 38,04 bilhões em junho. Já as emissões de papéis totalizaram R$ 22,56 bilhões, enquanto os resgates chegaram a R$ 22,96 bilhões, o que resultou em um resgate líquido de R$ 0,41 bilhão.
A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 0,94% e fechou o mês passado em R$ 3,607 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 2,67% maior, somando R$ 146,79 bilhões no sexto mês do ano.
Os estrangeiros diminuíram a participação na dívida pública brasileira em junho. A fatia dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da DPMFi caiu de 11,96% em maio para 11,93% no mês passado, somando R$ 430,52 bilhões. Ainda assim, houve aumento no volume de papéis nas mãos desses investidores. Em maio, o estoque de títulos com estrangeiros estava em R$ 427,36 bilhões.
Os fundos de investimento continuaram os maiores detentores de papéis do Tesouro, com a participação passando de 26,93% em maio para 26,53% no mês passado.
O grupo previdência manteve a fatia de 24,97% em junho. Já a parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve elevação de 22,38% em maio para 22,58% em junho. As seguradores tiveram crescimento na participação de 3,86% para 3,88%.
A parcela de títulos prefixados na DPF caiu de 34,67% em maio para 34,29% em junho. Os papéis atrelados à Selic também aumentaram a fatia, de 32,00% para 32,34%.
Os títulos remunerados pela inflação caíram para 29,28% do estoque da DPF em junho, ante 29,32% em maio. Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 4,01% em maio para 4,09% no mês passado.
Todos os papéis estão dentro das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) para este ano. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2018 é de 32% a 36%, enquanto os papéis remunerados pela Selic devem ficar entre 31% a 35%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta também é de 27% a 31% e, no de câmbio, de 3% a 7%.
A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 20,28% em maio para 20,24% em junho, segundo o Tesouro Nacional. O prazo médio da dívida caiu de 4,21 anos em maio para 4,14 anos no mês passado. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 10,04% ao ano em maio para 10,31% ao ano em junho.