Economia

Dívida pública federal fecha 2014 em R$ 2,295 trilhões

A dívida sofreu, principalmente, com as emissões de títulos feitas pelo Tesouro para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)


	Dinheiro: dívida pública fedetal teve alta de 8,15% em apenas um ano. Em 2013, estoque estava em R$ 2,122 trilhões
 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

Dinheiro: dívida pública fedetal teve alta de 8,15% em apenas um ano. Em 2013, estoque estava em R$ 2,122 trilhões (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 14h33.

Brasília - Impulsionada pelo processo de alta da Selic e pelos aportes do Tesouro Nacional aos bancos públicos, a dívida pública federal (DPF) apresentou um crescimento de R$ 173,089 bilhões em 2014 - último ano do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.

De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 28, pelo Ministério da Fazenda, o estoque da DPF, que inclui dívida interna e externa do governo federal, subiu para R$ 2,295 trilhões - uma alta de 8,15% em apenas um ano.

Em 2013, o estoque estava em R$ 2,122 trilhões.

Além do custo mais alto da dívida por conta do aperto monetário e das incertezas que marcaram o ano passado, a dívida sofreu, principalmente, com as emissões de títulos feitas pelo Tesouro para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em 2014, o Tesouro emprestou ao banco de desenvolvimento R$ 60 bilhões - R$ 30 bilhões em dezembro, faltando poucos dias para o fim do ano e já com a nova equipe econômica escolhida.

Em dezembro, o Tesouro também emitiu R$ 1 bilhão para o banco da Amazônia (Basa)

O valor da DPF fechou dentro da banda do Plano Anual de Financiamento (PAF), de R$ 2,170 trilhões e R$ 2,320 trilhões.

O impacto da correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 243,318 bilhões no ano passado, com alta de 11,46%.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 7,32% e fechou dezembro em R$ 2,183 trilhões.

A Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,83% maior, somando R$ 112,29 bilhões no final do ano passado.

O estoque da DPF aumentou apesar do resgate liquido de R$ 69,209 bilhões de títulos ao longo de 2014.

Investidores

A participação dos investidores estrangeiros no estoque da DPMFi caiu de 20,07% em novembro de 2014 para 18,64% em dezembro, somando R$ 406,96 bilhões do total do estoque, conforme o Tesouro Nacional.

Em novembro, o estoque estava em R$ 421,42 bilhões, o que significou uma redução de R$ 14,46 bilhões de um mês para o outro.

A categoria das instituições financeiras teve elevação na participação do estoque da DPMFi de 27,26% para 29,77%.

Os Fundos de Investimentos reduziram a fatia de 20,63% em novembro para 20,28% em dezembro de 2014. Já as seguradoras tiveram redução na participação de 4,17% para 4,09%.

Indexadores

O Tesouro Nacional encerrou 2014 dentro dos parâmetros estabelecidos para a DPF, depois de ter passado quase todo o ano com a participação dos títulos prefixados e dos remunerados pela Selic fora das bandas.

A parcela de títulos prefixados na DPF caiu de 42,02% em dezembro de 2013 para 41,58% em 2014.

Os papéis atrelados à Selic também diminuíram a fatia de 19,11% para 18,66%. Os títulos remunerados pela inflação subiram para 34,91% do estoque da DPF em 2014, ante 34,53% no final de 2013.

Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 4,35% em 2013 para 4,85% no ano passado.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesenvolvimento econômicoDívida públicaGoverno DilmaTesouro Nacional

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto