Economia

Dívida líquida do setor público deve atingir 39% do PIB

Para fazer o cálculo, o Banco Central levou em consideração um dólar cotado a R$ 1,60

Para dezembro, o BC manteve a projeção de 39% (Divulgação/Banco Central)

Para dezembro, o BC manteve a projeção de 39% (Divulgação/Banco Central)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2011 às 13h44.

Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel, previu hoje que a dívida líquida do setor público deve fechar este mês em 38,9% do Produto Interno Bruto (PIB), traçando uma continuidade de queda. Para fazer o cálculo, a autoridade monetária levou em consideração um dólar cotado a R$ 1,60. "Claro que o fechamento do dólar tem influência", disse.

Para dezembro, o BC manteve a projeção de 39%. Também para essa estimativa, a autoridade monetária considerou o dólar em R$ 1,60. Isso porque, de acordo com Maciel, essa era a estimativa do mercado para a moeda americana feita à época. Para a dívida bruta, o BC também não alterou sua expectativa, que é de 56,2% do PIB em agosto.

Normalidade

O chefe do Departamento Econômico do BC avalia que os números do setor público consolidado reforçam o entendimento de que as contas públicas do Brasil voltaram ao cenário de "normalidade" após cerca de dois anos sob o efeito da crise financeira internacional.

O argumento usado por Maciel é que o superávit primário acumulado de janeiro a julho de 2011, de R$ 91,979 bilhões, representa aproximadamente 80% da meta prevista para o ano e é um novo recorde histórico para o período da série iniciada em 2011. "Em 2007, antes da crise, também cumprimos cerca de 80% da meta entre janeiro e julho. Agora, observamos retorno à regularidade após dois anos de crise. O quadro desse ano é bem próximo do observado antes da crise", disse Maciel.

Outro argumento é que o déficit nominal em relação ao PIB - de 1,90% nos 12 meses encerrados em julho - compõe o melhor resultado desde novembro de 2008 - quando o acumulado era de 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB).

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralDívida públicaIndicadores econômicosMercado financeiroPIB

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo