Para junho, considerando uma taxa de câmbio de R$ 3,31, o BC prevê a Dívida Líquida em 48,5% do PIB (iStock/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de junho de 2017 às 12h15.
Brasília - O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, disse nesta sexta-feira, 30, que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) de 48,14% do Produto Interno Bruto (PIB) em maio chegou ao maior patamar desde julho de 2005, quando era de 48,15% do PIB.
"Já a Dívida Bruta do Governo Geral também permanece em trajetória de crescimento e chegou a um patamar recorde de 72,5% do PIB, na série histórica iniciada em 2006", completou.
Para junho, considerando uma taxa de câmbio de R$ 3,31, o BC prevê a DLSP em 48,5% do PIB. "Já a Dívida Bruta deve atingir 73,1% do PIB", completou.
O Banco Central atualizou suas projeções para a dívida brasileira ao final de 2017. Segundo informou Rocha, a projeção para a Dívida Bruta do Governo Geral este ano passou de 76,2% para 77,5% do PIB.
A dívida bruta é uma das principais referências para avaliação, por parte das agências globais de rating, da capacidade de solvência do País. Já a projeção do BC para a Dívida Líquida do Setor Público foi de 52,4% para 52,7% do PIB.
A instituição também alterou seu cálculo para a despesa do setor público consolidado com juros em 2017, de 6,10% para 6,18% do PIB. Já a projeção para o déficit nominal de 2017 passou de 8,29% para 8,39% do PIB.
As projeções usam a estimativa de alta do PIB de 0,5% do último Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e as demais projeções para inflação e Selic do último relatório Focus do BC.