Economia

Dívida alcançou nível de alerta na maioria da Europa

De acordo com relatório do FMI, recuperação da União Europeia é frágil em comparação com o resto do mundo

Previsões da Comissão Europeia sobre taxas econômicas do bloco

Previsões da Comissão Europeia sobre taxas econômicas do bloco

DR

Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2010 às 11h53.

Washington - A dívida pública alcançou o nível de alerta na maioria dos países europeus, afirma o Fundo Monetário Internacional em um documento divulgado nesta terça-feira.

O FMI propõe esforços vigorosos para alcançar um equilíbrio a médio prazo, apesar da moderada e desigual recuperação no continente.

Segundo o relatório sobre perspectivas econômicas regionais, "observa-se uma recuperação moderada e desigual da atividade em toda a Europa, que se alimenta do aumento do comécio mundial e das medidas de estímulo tomadas pelos poderes públicos".

O desempenho europeu é particularmente frágil em comparação com a recuperação observada em outras partes do mundo. "A crise afetou mais a Europa do que outras regiões", escreve o Fundo.

"Espera-se que o crescimento se acelere na região no período 2010-11, mas os motores tradicionais da recuperação serão, sem dúvida, menos vigorosos do que no passado", avalia o organismo internaiconal, que prevê uma taxa de crescimento de 1% este ano na zona euro, e de 1,5% em 2011, graças ao desempenho da França (1,8%) e da Alemanha (1,7%).

"Dessa forma, ao consumo e ao investimento continuará faltando força, já que o desemprego se agravará ainda e a persistência das dificuldades no setor bancário sem dúvida restringirá o crédito".

O FMI acrescenta que continuarão sendo necessárias políticas macroeconômicas de acompanhamento para que a recuperação continue. Paralelo a isso, "os indicadores de viabilidade da dívida pública alcançaram o nível de alerta na maioria dos países, onde serão impostos os "esforços vigorosos para alcançar um equilíbrio, a médio prazo", afirma o Fundo.

"Para os países cuja credibilidade orçamentária já é baixa, o reequilíbrio das finanças públicas é mais urgente", acrescenta, citando a Grécia, onde a necessidade de estabilizar a dívida e depois reduzi-la é 'aguda' e, em menor medida. Irlanda, Portugal e Espanha.

Acompanhe tudo sobre:Dívida públicaEuropaFMIUnião Europeia

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo