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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Brasília - Na véspera do início da campanha presidencial, uma correria tomou conta dos donos do cofre instalado na Esplanada para empenhar o máximo de recursos do orçamento para garantir o direito de gasto com investimentos até o final do ano.
Só nos 5 primeiros dias de julho houve aumento de 157,4% dos empenhos de investimentos na comparação com a média de liberada a cada 5 dias de junho, totalizando R$ 2,74 bilhões. Se mantivesse o ritmo, poderia atingir R$ 12 bilhões no mês, quase o dobro do que foi empenhado em junho (R$ 6,4 bilhões).
Dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) levantados a pedido do jornal O Estado de S. Paulo pela assessoria do DEM indicam que os ministérios que mais "estocaram" recursos para enfrentar o período eleitoral foram Saúde, Turismo, Integração Nacional, Cidades, Cultura e Transportes - pastas ligadas a projetos e obras com capilaridade e impacto social que costumam ter "padrinhos" locais.
A farra dos empenhos nos primeiros dias de julho já faz parte da rotina da administração dos recursos públicos. A lei 9.504, de setembro de 1997, criou barreira para liberação de recursos em ano eleitoral. Mas na prática há antecipação do pedido para gasto de políticos e órgãos públicos. "Sempre tem o governo querendo se reeleger e acontece essa concentração de emendas. É preciso antecipar ao máximo o gasto para conseguir se eleger ou ainda agradar um cabo eleitoral", disse o especialista em contas públicas, Raul Velloso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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