Sede do Banco Central: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI para outubro de 2015 marcava 14,18%, de 14,184% no ajuste anterior (.)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2015 às 17h10.
São Paulo - Os juros terminaram com leves quedas na ponta curta e intermediária, também numa acomodação após a alta firme dos últimos três pregões.
Nesta quarta-feira, 29, o recuo do dólar favoreceu o movimento das taxas, que ainda exibiram cautela à espera do encontro da noite do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Na ponta longa da curva, as taxas vieram em baixa até o meio da tarde, mas viraram a rota após notícia na seara política e também após o resultado do encontro do BC norte-americano.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI para outubro de 2015 marcava 14,18%, de 14,184% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 apontava 14,29%, de 14,32% na véspera.
O DI para janeiro de 2017 mostrava 13,84%, de 13,93% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 indicava 13,04%, de 13,00% ontem. O dólar comercial terminou a sessão em baixa de 1,19%, a R$ 3,33.
Nesta tarde, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, teria pedido a demissão do diretor da Área Internacional do Banco Central, Tony Volpon, após este ter sinalizado seu voto no encontro de hoje do Copom.
Para o parlamentar, Volpon merece ser demitido se não explicar a antecipação de seu voto.
Em evento na semana passada, o diretor do BC disse que continuaria votando pelo aumento da Selic porque considera que a meta de levar a inflação para o centro da meta, de 4,5%, em 2016 precisa ser alcançada. "Eu, pessoalmente, vou votar para aumento de juro para atingir a meta em 2016", disse à ocasião.
Além dele, o mercado também reagiu ao resultado do encontro do Fed, que manteve inalterada as taxas de juros, mas declarou que há progressos no mercado de trabalho.
O otimismo do Fed com o emprego poderia abrir uma brecha para a elevação dos juros em setembro, mas a inflação ainda preocupa. Vale destacar que o Fed não deu sinais sobre o início do aperto monetário daqui a dois meses.
Na ponta curta, influenciou as taxas a expectativa pelo resultado de hoje do Copom, para o qual as apostas majoritárias são de aumento de 0,50 ponto porcentual, que ganharam força depois que o governo reduziu drasticamente a meta de superávit primário para 0,15% do PIB. O mercado está de olho no comunicado do BC, para ver qual será o próximo passo da autoridade monetária.
A maioria das apostas é que haverá mais um novo aumento, de 0,25 ponto em setembro, com o ciclo terminando com a Selic em 14,50%. Vale destacar que o clima menos tenso hoje, com o noticiário mais esvaziado, trouxe os volumes para mais perto da normalidade, ante o grande movimento dos últimos dias.