Economia

Diretor da OMC pede que países não iniciem guerra comercial

"Nós não podemos ignorar esse risco e exorto todas as partes a considerar e refletir sobre esta situação com muito cuidado", disse Roberto Azevêdo

Diretor da OMC: após presidente dos EUA anunciar plano para impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio, Roberto Azevêdo disse que Estados devem impedir "a queda dos primeiros dominós" em guerra comercial (Hannibal Hanschke/Reuters)

Diretor da OMC: após presidente dos EUA anunciar plano para impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio, Roberto Azevêdo disse que Estados devem impedir "a queda dos primeiros dominós" em guerra comercial (Hannibal Hanschke/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 5 de março de 2018 às 14h44.

Genebra - Os Estados-membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) devem impedir "a queda dos primeiros dominós" em uma guerra comercial, disse o diretor-geral da OMC a negociadores em Genebra na segunda-feira, de acordo com uma cópia de seu comunicado divulgado dias após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar plano para impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio dos EUA.

"À luz dos recentes anúncios sobre medidas de política comercial, é claro que agora vemos um risco muito maior e real de desencadear uma escalada de barreiras comerciais em todo o mundo", disse Roberto Azevêdo.

"Nós não podemos ignorar esse risco e exorto todas as partes a considerar e refletir sobre esta situação com muito cuidado. Uma vez que começamos este caminho, será muito difícil reverter a direção. O olho por olho nos deixará todos cegos e o mundo em uma profunda recessão."

Acompanhe tudo sobre:acoDonald TrumpEstados Unidos (EUA)OMC – Organização Mundial do Comércio

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto