Economia

Diretor da OMC incentiva trégua comercial negociada entre EUA e UE

O acordo entre Trump e Juncker diminui as tensões comerciais dos últimos meses e inclui o compromisso mútuo de avançar para uma situação de "zero tarifas"

Ficou estabelecido de maneira genérica que a UE importará mais soja dos EUA (Joshua Roberts/Reuters)

Ficou estabelecido de maneira genérica que a UE importará mais soja dos EUA (Joshua Roberts/Reuters)

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EFE

Publicado em 26 de julho de 2018 às 15h49.

Genebra - O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, incentivou nesta quinta-feira a trégua comercial anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, para conter a guerra de tarifas.

"Me sinto encorajado pela declaração conjunta dos EUA e da UE publicada ontem em Washington", tuitou o brasileiro, que horas antes tinha advogado em um encontro com veículos de imprensa para que os líderes voltassem ao diálogo e chegassem a um acordo político para solucionar as tensões comerciais.

"A promessa destas duas importantes economias de negociar um comércio mais aberto para fomentar o crescimento econômico e de trabalhar juntos para melhorar os funcionamento da nossa organização é uma boa notícia , disse Azevêdo.

O principal responsável da OMC afirmou, além disso, estar preparado para apoiar este tipo de diálogo, e sustentou que as conversas políticas "são a melhor resposta para resolver as atuais tensões" entre os EUA e vários de seus parceiros, entre eles a UE.

Trump e Juncker selaram na quarta-feira uma trégua que diminui as tensões comerciais dos últimos meses e que inclui o compromisso mútuo de avançar para uma situação de "zero tarifas".

Ficou estabelecido de maneira genérica que a UE importará mais soja dos EUA, assim como gás natural liquidificado para "diversificar" suas fontes energéticas, e que reduzirá alguns das tarifas industriais.

Além disso, inclui a "resolução" de encargos impostos por Trump de 25% ao aço e de 10% ao alumínio europeu, que suscitaram a escalada comercial entre Bruxelas e Washington, embora não tenha sido estipulada uma data limite.

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