Economia

Diretor da AIE diz que economia pioraria com petróleo caro

Birol disse que os baixos preços da energia forneceram estímulo à economia global e têm possibilitado o aumento do consumo de energia


	Previsão: Birol disse que os baixos preços da energia forneceram estímulo à economia global e têm possibilitado o aumento do consumo de energia
 (Arquivo/AFP)

Previsão: Birol disse que os baixos preços da energia forneceram estímulo à economia global e têm possibilitado o aumento do consumo de energia (Arquivo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 11h25.

Davos - A economia mundial estaria em uma situação pior caso os preços do petróleo estivessem mais altos, afirmou Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE).

Em discurso durante a primeira sessão de Transformação de Energia do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Birol disse que os baixos preços da energia forneceram estímulo à economia global e têm possibilitado o aumento do consumo de energia.

Países produtores de petróleo do Oriente Médio e de outras regiões vêm enfrentando grandes déficits por causa da alta dependência do petróleo e os preços baixos efetivamente têm sido repassados para os consumidores na forma de energia barata.

Birol afirmou que, apesar das dificuldades de curto prazo vividas pelos grandes produtores, os preços baixos vão pavimentar o caminho para preços mais altos no futuro. Além disso, segundo Birol, o gás natural tem um papel importante para desempenhar na transformação da energia nos EUA.

Os preços do gás natural são bastante ligados aos do petróleo porque os contratos de abastecimento de longo prazo tendem a ser atrelados ao petróleo. Com isso, alguns consumidores preferem usar derivados de petróleo a usar gás, o que reduz a demanda e faz os preços caírem.

O uso de gás natural pode ter um efeito transformador sobre o consumo de energia ao substituir o carvão, que é altamente poluente, disse Birol.

As emissões de poluentes dos EUA, que estão quase na mínima em dez anos, vêm diminuindo por causa do maior uso de gás natural e de tecnologias mais eficientes. 

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