Economia

Dilma visita Cuba na próxima semana com foco em comércio

A visita a Havana ocorre antes da ida dela a Washington, uma decisão que causou suspeitas devido aos confrontos recentes do Brasil com os Estados Unidos

O Brasil está oferecendo a Cuba tecnologia de cana-de-açúcar e 200 milhões de dólares em crédito  (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

O Brasil está oferecendo a Cuba tecnologia de cana-de-açúcar e 200 milhões de dólares em crédito (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2012 às 18h19.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff visitará Cuba na próxima semana, em uma viagem cujo foco principal é a área comercial, segundo seus assessores.

A visita a Havana ocorre antes da ida dela a Washington, uma decisão que causou suspeitas devido aos confrontos recentes do Brasil com os Estados Unidos por conta do comércio e outras questões.

Assessores da presidenta rejeitam qualquer simbolismo, e notam que Dilma deve visitar o presidente dos EUA, Barack Obama, em Washington ainda neste primeiro semestre.

"Temos boas relações com os EUA, apesar de termos diferenças em questões internacionais", disse o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

O Brasil está oferecendo a Cuba tecnologia de cana-de-açúcar e 200 milhões de dólares em crédito para que pequenos agricultores adquiram tratores e equipamentos de colheita e irrigação.

Fontes brasileiras dizem que o governo gostaria de ver uma abertura democrática em Cuba e que está acompanhando de perto as reformas econômicas adotadas pelo presidente cubano, Raúl Castro, mas que não fará pressões.

Garcia disse que a reforma política é um assunto para cubanos: "Não iremos dizer a eles o que fazer".

A morte, na semana passada, de um dissidente em greve de fome em um presídio cubano colocou pressão em Dilma para levantar a questão de direitos humanos em Havana.

Dissidentes pediram por um encontro com a presidente, mas a imprensa brasileira disse ser improvável que ela se reúna com eles. Dilma, também, só discutiria a questão de direitos humanos em conversas privadas.

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