Dilma Rousseff: presidente afirmou que, em projetos de concessões, é preciso harmonizar três fatores - a rapidez das obras, a taxa de retorno e uma tarifa compatível (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2013 às 12h57.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff afirma ter se surpreendido ao ler "que o vencedor da BR-050 era 'aventureiro'". Em rápida conversa com jornalistas nesta quinta-feira, 17, Dilma disse que o deságio do consórcio vencedor, de 42,38%, não ficou muito distante do oferecido pelo segundo colocado ou demais participantes.
"Vocês sabem quanto foi o (deságio) do segundo colocado?", questionou, completando que as propostas em segundo, terceiro e até quarto lugar tiveram deságio superior a 30%, sem citar porcentuais exatos.
A BR-050 foi leiloada na quarta, 18, em processo em que o vencedor foi o Consórcio Planalto, com proposta de deságio de 42,38% sobre a tarifa básica de R$ 0,07870 por quilômetro.
O consórcio vencedor é formado pelas companhias Senpar, Construtora Estrutural, Construtora Kamilos, Engenharia e Comércio Bandeirantes, Greca Distribuidora de Asfaltos, Maqterra Transportes e Terraplenagem, TCL Tecnologia e Construções, Ellenco Construções e Vale do Rio Novo Engenharia e Construções. O grupo disputou com outros sete interessados.
Dilma também defendeu uma integração do governo, iniciativa privada e órgãos de fiscalização para que as obras no país sejam feitas com mais rapidez, sem perda de qualidade. "Temos de colocar como objetivo garantir maior eficiência e rapidez das obras, sem perder qualidade."
Dilma afirmou ainda que, em projetos de concessões, é preciso harmonizar três fatores: a rapidez das obras, a taxa de retorno e uma tarifa compatível. Segundo a presidente, é impossível querer uma taxa de retorno muito valorizada e uma tarifa muito baixa. "Há Estados que se recusam a pagar tarifa de pedágio", disse. Além disso, de acordo com Dilma, o governo não pode "fazer concessão e levar dez anos para fazer a obra".
A presidente declarou ainda que seu objetivo é viabilizar obras. "Quanto mais rápido o complexo industrial intermodal ficar pronto, melhor para o País", comentou.