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Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 18h36.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira a antecipação da entrada em vigor das novas tarifas de energia, que passam a valer a partir de amanhã e terão desconto superior ao prometido.
Para o consumidor, a redução das tarifas será da ordem de 18%, ante os 16% previstos anteriormente. Para a indústria, agricultura, comércio e serviços, o corte será de até 32%, contra os 28% prometidos.
Além de anunciar os cortes nas tarifas, Dilma prometeu que a produção de energia aumentará 7% e que mais 8.500 megawatts de energia e 7.540 quilômetros de novas linhas serão implantados neste ano."Temos uma grande quantidade de linhas de transmissão em construção ou projetadas que vão nos permitir dobrar em 15 anos nossa capacidade instalada de energia elétrica", completou.
Em discurso em rede nacional, a presidente procurou dissipar os temores de que Brasil possa enfrentar um desabastecimento de energia ou de que os descontos prometidos pelo governo pudessem ser comprometidos pelo acionamento das termelétricas. "Somos um dos poucos países que está baixando o custo da energia e aumentando a produção", afirmou. "Surpreende que, desde o mês passado, algumas pessoas (...) tenham feito previsões sem fundamento quando os níveis dos reservatórios baixaram e as térmicas foram normalmente acionadas".
A presidente classificou como "do contra" os autores das previsões de desabastecimento, e disse que acionar as termelétricas foi "normal, seguro e correto". "(Eles) cometeram o mesmo erro de previsão que os que diziam que o governo nao conseguiria abaixar a conta de luz".
Dilma afirmou ainda que o país não corre nenhum tipo de risco de racionamento e estrangulamento no curto, médio e longo prazo, e esclareceu que a população atendida por concessionárias de energia que não aderiram ao programa de renovação de concessões do governo também terão suas contas reduzidas.
Mais cedo nesta quarta-feira, o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, já havia antecipado que os descontos nas tarifas seriam superiores aos prometidos pelo governo em setembro do ano passado.