Dilma Rousseff: "Temos bala na agulha para encarar esse processo que ocorre internacionalmente, que, independe das decisões de política econômica, é fruto dessa globalização financeira" declarou (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2013 às 17h11.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que a decisão dos Estados Unidos de injetar "trilhões de dólares" na economia provocou uma "intensa" desvalorização cambial no mundo, mas garantiu que o Brasil tem "bala na agulha" para enfrentar a situação.
"Estamos entre os países com o maior volume de reservas no mundo", declarou a presidente em uma entrevista a rádios de Belo Horizonte, onde esteve em visita oficial.
Dilma afirmou que as reservas internacionais do Brasil estão em US$ 372 bilhões e tranquilizou que essa soma representa um "colchão" que permitirá diminuir o impacto externo sobre o real, que este ano já se desvalorizou cerca de 15%.
"Temos bala na agulha para encarar esse processo que ocorre internacionalmente, que independe das decisões de política econômica, e é fruto dessa globalização financeira que impera no mundo" declarou.
A política de estímulos do Federal Reserve (Fed, banco central americano) "provocou uma violenta depreciação cambial, porque os títulos do tesouro americano são a aplicação mais segura do mundo e os investidores começaram a apostar".
Para a presidente o país tem condições de proteger melhor dos impactos da valorização do dólar e sofrer menos que outras economias. E justificou que a economia do país não deixou de crescer, embora as previsões para este ano, de 4%, tenham sido reduzidas para 2,5%.
Dilma apresentou dados para tranquilizar em relação à situação econômica: segundo ela, a inflação se mantém "controlada" e destacou que a taxa de desemprego está em torno de 7%, considerado pelo governo mínimo em relação a outros países.
Essa estabilidade e as perspectivas positivas para o crescimento e citou os investimentos em infraestrutura e da Petrobras, afirmando que "isso cria um ambiente muito mais positivo para a economia brasileira".