Dilma Rousseff: "fizemos um esforço enorme para ter uma inflação mais baixa, um pouco acima do valor do ano passado, mas dentro da meta", disse (REUTERS/Paulo Whitaker)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 12h15.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff reiterou nesta segunda-feira o compromisso de seu Governo pelo controle da inflação, que fechou 2013 com uma taxa de 5,91%, valor situado acima do esperado pelos analistas financeiros, mas dentro da meta de 4,5%, com uma margem de dois pontos de tolerância.
"Fizemos um esforço enorme para ter uma inflação mais baixa, um pouco acima do valor do ano passado, mas dentro da meta. Estamos fazendo um esforço grande para conter a inflação", afirmou Dilma em entrevista concedida para algumas rádios do estado de Minas Gerais (sudeste).
Os analistas do mercado financeiro brasileiro elevaram hoje para 6,01% a previsão de inflação para este ano e para 5,60% a de 2015.
A governante também se referiu à retirada dos estímulos monetários por parte do Federal Reserve americano e afirmou que seu impacto no Brasil será menos "dramático" do que se pensava inicialmente.
Durante sua entrevista, a governante também abordou o tema de segurança e falou da cooperação a todos os níveis para fazer frente a este problema.
Perguntada sobre os presídios brasileiros, cuja segurança foi questionada nos últimos meses depois da crise carcerária no estado do Maranhão, Dilma disse que o Governo deve investir R$ 1,1 bilhão no sistema presidiário.
Com esse investimento, o Governo pretende criar mais de 47 mil novos espaços para presos no sistema carcerário.
Nesta linha, a presidente destacou o papel da Força Nacional de Segurança, integrada por grupos de elite das diferentes policiais, e assinalou que a criação das prisões federais de segurança máxima deram lugar a uma "visível redução do número de rebeliões".
Dilma também falou dos protestos que ocorreram em junho durante a Copa das Confederação e ressaltou que estas são legítimas, mas com ressalvas. "Com aqueles que escondiam a cara e promoviam a violência pela violência, isso tem que ser reprimido e evitar que volte a ocorrer".