Dilma também considera "problemáticas" as decisões tomadas na conferência do clima da Organização das Nações Unidas (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2014 às 14h16.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff não ficou surpresa com o resultado apresentado pelo IBGE de estagnação da economia no terceiro trimestre em comparação com o segundo trimestre deste ano. Dilma já tinha sido avisada, há pelo menos três semanas, pelo secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, de que a expectativa era de crescimento zero do PIB nesse trimestre e de crescimento para o ano reduzido para a casa do 3,2%. O resultado não é bom, mas o governo entende que as medidas já tomadas na semana passada apresentarão efeito a médio prazo, com o crescimento das vendas e diminuição dos estoques.
A preocupação - reiterada - da presidente Dilma, neste momento, é com a economia na Europa. O governo teme que se concretize a ameaça da agência de avaliação de risco Standard & Poor's de reduzir a nota de 15 países da zona do euro, incluindo os que possuem nota "AAA", como Alemanha e França. Essa ameaça de redução da nota, mesmo depois de países europeus fazerem movimentações para tentar controlar a crise, é considerada perigosa pelo governo brasileiro, que teme consequências para o País.
A expectativa do governo brasileiro é que, com as medidas adotadas na semana passada e a chegada do fim do ano, já surjam indicadores mais positivos no final do primeiro trimestre de 2012, em consequência do aumento do consumo. O governo está monitorando, também, com preocupação, a queda na atividade industrial, que contribuiu fortemente para que o PIB do terceiro trimestre fosse zero.