A presidente Dilma Rousseff lança Plano Brasil Medalhas 2016: o restante dos recursos, R$ 310 milhões, serão investidos na construção e reforma de 22 centros de treinamento olímpicos (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 23h51.
Brasília - Nos próximos três anos, a presidente Dilma Rousseff quer que o Brasil passe de uma colocação mediana no quadro de medalhas das Olimpíadas para ser uma "potência esportiva". Nesta quinta-feira, durante o lançamento do programa Brasil Medalhas 2016, o governo anunciou que pretende dar uma bolsa mensal de R$ 15 mil até os Jogos do Rio a cerca de 200 atletas brasileiros classificados entre os 20 melhores do mundo em suas categorias.
É a forma, diz a presidente, de o governo dar apoio concreto aos atletas brasileiros na tentativa de ficar entre os 10 países com mais medalhas em 2016. "Transformemos a Olimpíada de 2016 num momento especial deste País, o momento em que nós daremos um salto e nos transformaremos em uma potência esportiva ou caminharemos a passos firmes para nos tornarmos uma", afirmou Dilma. "Somos um País que tem grande capacidade esportiva, mas não temos ainda esporte massificado".
No total, o governo pretende investir R$ 2,5 bilhões em esportes de alto rendimento entre 2013 e 2016. Destes recursos, no entanto, R$ 1,5 bilhão já integra o programa Bolsa Atleta para esportes de alto rendimento. O restante irá para o projeto de medalhas, sendo R$ 690 milhões para apoio ao atleta, incluindo, além da bolsa em si, recursos para pagamento de uma equipe de apoio com preparador físico, nutricionista e outros profissionais, compra de material esportivo e passagens e diárias para participação em competições internacionais.
O restante dos recursos, R$ 310 milhões, serão investidos na construção e reforma de 22 centros de treinamento olímpicos e de um centro paralímpico, que deverá ser o melhor do mundo, de acordo com o ministro dos Esporte, Aldo Rebelo.
A Bolsa Pódio, como está sendo chamada, será definida juntamente com as confederações esportivas, mas não será para todos. Um dos critérios, segundo Rebelo, será a necessidade. "Há o critério de rendimento, mas também há o critério econômico e social", afirmou o ministro, explicando que boa parte da seleção de vôlei, por exemplo, não receberia, como hoje não recebe o Bolsa Atleta. Mas a seleção feminina de futebol está nos critérios. "Nem preciso explicar o porquê", disse.
"Como sede dos Jogos, é muito justo que as nossas ambições sejam ainda maiores em termos de vitórias e de medalhas, mas querer, esperar e ambicionar, ainda que sejam sentimentos e posturas essenciais, não garantem por si só as conquistas. Nós temos de acrescentar o verbo 'fazer'", destacou a presidente.
O governo trabalha com a meta de alcançar o 10º lugar no quadro geral de medalhas - em Londres, a delegação brasileira ficou no 22º lugar. Para a Paralimpíada, a meta é ficar em 5º. Lugar, subindo duas posições.