Economia

Dilma defende Levy e diz que ajuste não vai parar o governo

A presidente saiu em defesa do ministro da Fazenda e disse que o contingenciamento a ser anunciado na sexta-feira não vai paralisar o governo

A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy: “o Joaquim Levy é da minha confiança, fica no governo” (Ueslei Marcelino/Reuters)

A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy: “o Joaquim Levy é da minha confiança, fica no governo” (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2015 às 18h14.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff saiu em defesa do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, alvo de críticas por conta do ajuste fiscal, e disse que o contingenciamento orçamentário a ser anunciado na sexta-feira não vai paralisar o governo.

Dilma defendeu as medidas de ajuste fiscal enviadas pelo governo ao Congresso, disse que o Executivo trabalha para aprová-las no Legislativo e garantiu que Levy tem sua confiança.

“O Joaquim Levy é da minha confiança, fica no governo”, disse a jornalistas nesta quinta-feira, ao chegar no Palácio do Itamaraty para almoço com o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez.

Referindo-se a críticas do senador petista Lindbergh Farias (RJ) ao ministro da Fazenda, a presidente declarou: “As pessoas podem pensar diferente, dentro de todos os partidos, eu não tenho a mesma posição em relação ao Joaquim Levy do senador.” Ao reiterar a defesa do ajuste, Dilma acrescentou que o contingenciamento orçamentário, que será anunciado na sexta-feira, será "adequado" e não causará a paralisia do governo.

Sem dar números, a presidente disse que o volume a ser contingenciado não será "tão grande, que não seja necessário, nem tão pequeno que não seja efetivo".

"Nenhum contingenciamento paralisa o governo. O governo gasta menos em algumas coisas, e é isso que acontece", disse a presidente.

"Nós vamos fazer uma boa economia para que o país possa crescer e possa ter sustentabilidade no crescimento", acrescentou.

MEDIDAS E CONCESSÕES

No fim do ano, o governo editou duas medidas provisórias – a 664, que altera o acesso a benefícios previdenciários, e a 665, que dificulta a concessão a benefícios trabalhistas.

Ambas devem ser votadas na próxima semana no Senado. Dentro do conjunto de propostas do ajuste há uma outra MP, a 668, que eleva as alíquotas de PIS e Cofins para produtos importados, aprovada nesta semana na Câmara, e ainda um projeto que reverte parcialmente a desoneração da folha de pagamento de empresas, que aguarda votação na Câmara dos Deputados.

“Se você falar o seguinte, ‘presidenta, o que que você quer?’ Eu quero a aprovação (das medidas), eu espero a aprovação... Porque para o Brasil virar esta página é fundamental que nós façamos um ajuste”, disse a jornalistas.

A presidente aproveitou a entrevista para informar que o programa de concessões em infraestrutura com foco em logística que o governo vem preparando será anunciado no dia 9 de junho. O lançamento pode criar uma agenda positiva para o governo em um momento em que enfrenta dificuldades, como a baixa popularidade da presidente.

Texto atualizado às 18h10

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