Dilma aproveitou para afirmar que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá “papel relevante” no financiamento de projetos do plano de logística. (REUTERS/Edgard Garrido)
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2015 às 14h41.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou que o novo Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado pelo governo nesta terça-feira, vai dar impulso à geração de emprego e à atividade econômica no país.
Ao comentar que o lançamento do plano é uma “progressiva virada de página” após um período de críticas pelo baixo desempenho econômico e resistências ao ajuste fiscal, Dilma acrescentou que seu governo reafirma o compromisso de investir para retomar o crescimento.
“Esse programa é a abertura para um futuro melhor... seus efeitos serão múltiplos”, disse a presidente durante lançamento do plano. Dilma ressaltou que os novos investimentos vão impulsionar a "manutenção do emprego e a sustentação do nível da atividade econômica”.
A presidente afirmou que o país precisa do que chamou de dupla iniciativa. “Um enorme esforço de estabilidade macroeconômica e fiscal para transformar nossa açõoes em armas de recuperação da crise econômica que atravessamos e, ao mesmo tempo, um fantástico esforço de investimentos”, disse.
Segundo a presidente, ainda que os investimentos demandem algum tempo de “maturação”, seus primeiros efeitos serão “imediatos”. O plano prevê 198,4 bilhões de reais em investimentos, sendo 69,2 bilhões reais entre 2015-2018, e 129,2 bilhões de reais a partir de 2019.
De acordo com a presidente, estão ainda no horizonte da agenda positiva do governo o lançamento de um plano de exportações, a terceira fase do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e ainda um plano voltado para o setor de energia.
Dilma aproveitou para afirmar que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá “papel relevante” no financiamento de projetos do plano de logística.
O governo atravessa um período de dificuldades com o baixo desempenho da economia, a necessidade de contingenciamento de receitas do Orçamento e de equilibrar as contas públicas.
Também enfrenta constantes divergências políticas, principalmente no Congresso Nacional, onde tramitaram algumas das medidas do ajuste fiscal.
Com muito esforço e algumas concessões, o governo conseguiu aprovar no Legislativo três medidas provisórias do ajuste fiscal: uma MP que alterou regras de acesso a benefícios trabalhistas, outra com mudanças em benefícios previdenciários, e ainda outra que elevou a tributação sobre produtos importados.
Ainda restam duas propostas a serem analisadas por parlamentares que podem ajudar o governo em seu esforço para ajustar as contas, se aprovadas: um projeto de lei que reverte parte de desonerações concedidas a mais de 50 setores econômicos e ainda uma medida provisória que eleva a tributação sobre bancos.