Economia

Dilma diz que inflação está sob controle

A presidente afirmou que não houve uma queda, "mas um mergulho da cesta básica em 18 capitais"


	Dilma Rousseff: "A inflação no Brasil está sob controle, tivemos problema e dificuldades, mas conseguimos superar", disse
 (Fábio Rodrigues Pozzebom /ABr)

Dilma Rousseff: "A inflação no Brasil está sob controle, tivemos problema e dificuldades, mas conseguimos superar", disse (Fábio Rodrigues Pozzebom /ABr)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2013 às 11h48.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff reafirmou nesta sexta-feira, em entrevistas a rádios do Rio Grande do Sul, que não houve uma queda, "mas um mergulho da cesta básica em 18 capitais". Lembrou ainda que a inflação recuou sucessivamente entre abril e junho e que o País vive uma situação de queda generalizada dos preços.

"A inflação no Brasil está sob controle, tivemos problema e dificuldades, mas conseguimos superar", disse. Dilma evitou fazer previsão para o índice de inflação em 2013, temendo cobranças da imprensa, mas garantiu: "Tenho absoluta certeza que ela estará dentro da meta. Eu não tenho a menor dúvida e nem os analistas do País".

Ela disse ainda que neste segundo semestre haverá uma conjunto de licitações em rodovias e ferrovias que será um dos maiores do País. "Nos portos, já autorizamos mais de 55 terminais de uso privativo, totalizando R$ 16 bilhões", completou.

Dilma citou novamente, como fizera também em entrevista na quarta-feira, 07, em Varginha (MG), a estimativa de obtenção de 8 bilhões a 12 bilhões de barris equivalentes de petróleo no campo de Libra do pré-sal no leilão previsto para setembro.

"Com Libra, nossa capacidade será maior do que nos últimos anos e o Brasil se transformará inequivocamente em um país exportador de petróleo", disse. Ainda em 2013, segundo a presidente, o Brasil voltará a ser autossuficiente em petróleo, com uma conta positiva entre exportação e importação.

Também como declarara anteontem em Minas Gerais, Dilma afirmou que o crescimento da taxa de desemprego, de 6% no Brasil, foi "na margem", ante os 5,8% do mês de maio para junho. "É escandaloso que alguém diga que desemprego cresceu. Não se pode dizer que emprego está caindo, nunca tivemos taxa tão baixa de desemprego", disse. "Criamos 826 mil empregos em seis meses. O equivalente a tudo que foi criado no governo FHC", concluiu.


A presidente voltou a citar também que em seis meses de 2013 o País recebeu US$ 30 bilhões de investimentos externos diretos, portanto, segundo ela, "não se pode dizer que confiança no país caiu". Dilma lembrou que em 2011 o investimento externo direto somou US$ 67 bilhões, recuou para US$ 65 bilhões de 2012 e que se ficar em US$ 60 bilhões este ano, será "um número excelente".

Guaíba

Dilma afirmou também que a nova ponte sobre o Guaíba, em Porto Alegre, começará a ser construída no próximo ano, em abril, "no máximo em junho", afirmou. Dilma disse que o projeto será licitado por Regime Diferenciado de Contratação (RDC) Integrado. "Você tem de ter o estudo de viabilidade, mas fazer o projeto básico e executivo é ônus do investidor", disse.

Na entrevista, a presidente comentou ainda sobre as estradas do Rio Grande do Sul. Ela criticou a imprensa local, que noticiou o atraso na construção da BR-448, entre Porto Alegre e Estância Velha.

"Soube pela imprensa que não tem projeto, o que é um absurdo. Só podemos licitar a obra em 30 de julho de 2014, após a licença prévia", afirmou. A BR-448, chamada de Rodovia do Parque, está sendo construída como alternativa à BR-116 na região metropolitana de Porto Alegre.

Dilma reforçou que o governo federal destinou R$ 1,6 bilhão para a BR-392 entre Santa Maria, região central do Estado, e Santo Ângelo, no noroeste. "Este (projeto) também tem licença prévia para 30 de maio, portanto licitação para 30 de julho (de 2014)".

Dilma falou ainda que até o final do ano será feita a licitação para obras na BR-116. Em sua visita anterior ao Rio Grande do Sul, a presidente anunciou recursos para melhorias no trecho da região metropolitana da rodovia. "Não há atraso", reforçou.

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