Economia

Dilma diz que governo trabalha na reestruturação da Celg

A empresa, mantida pelo governo do estado de Goiás, vem tendo "federalização" discutida na Eletrobras e no Ministério de Minas e Energia desde o início de 2012


	Energia: a Celg vem sofrendo com problemas financeiros há pelo menos quatro anos
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Energia: a Celg vem sofrendo com problemas financeiros há pelo menos quatro anos (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2014 às 16h18.

Anápolis, GO - Em visita à obra da ferrovia Norte-Sul, a presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira, 12, que o governo federal está atuando no trabalho de reestruturação da Companhia Energética de Goiás (Celg) e que a solução para esse problema - envolvendo um processo de financiamento por parte de um banco público - "não tardará".

No dia 23 de julho, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), pediu à presidente a liberação de R$ 1,9 bilhão para ser aplicado na reestruturação da Celg.

Os recursos seriam utilizados na capitalização da empresa para que, a partir de então, o governo goiano possa passar o controle acionário da companhia para a Eletrobras. A reunião foi realizada no Palácio do Planalto.

"Não é do nosso interesse que a Celg fique nessa situação, agora a negociação implica necessariamente em saber qual o custo disso. Tanto para União quanto para Goiás. Eu quero dizer que o governo federal tem todo o interesse em resolver o problema da Celg. É um problema que não fomos nós que criamos, o que estamos fazendo é administrar. Por quê? Deixaram a Celg no passado, não é nem de agora, com um patrimônio líquido negativo", disse Dilma, em rápida conversa com jornalistas após visita à obra da ferrovia Norte-Sul.

Em grave situação financeira, a empresa, mantida pelo governo do estado de Goiás, vem tendo sua "federalização" discutida na Eletrobras e no Ministério de Minas e Energia desde o início de 2012.

A companhia de distribuição de energia elétrica goiana vem sofrendo com problemas financeiros há pelo menos quatro anos, período em que a qualidade dos serviços, acompanhados de perto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), vem despencando.

"Para tanto não é só tratar do problema, é fazer com que um banco público assuma o processo de financiamento com garantias. Essa é uma solução que não tardará, nós já tivemos, já demos um fôlego pra Celg, daqui para frente temos de dar um outro fôlego, porque a Aneel vai avaliar, enquanto ela (Celg) não estiver em condições eu diria assim de solvência - a Aneel não autoriza aumento tarifário. Ela (Celg) precisa do aumento tarifário porque há muito tempo ela não tem por conta dessa questão do patrimônio liquido negativo", observou Dilma.

A visita desta terça-feira ocorreu no mesmo ponto onde a presidente inaugurou, em maio passado, trecho da ferrovia Norte-Sul que liga Palmas (TO) a Anápolis (GO).

Ao final da entrevista, Dilma disse que o processo eleitoral serve para "poder dar às pessoas, dar aos eleitores, o conhecimento que não têm de alguns investimentos que nem sabem que são nossos".

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