Economia

Dilma diz que Brasil continua confiável para investidores

No ano passado, a renda líquida de investimentos diretos no Brasil foi de 75,1 bilhões de dólares


	Dilma Rousseff: "Todas as medidas que estamos tomando produzirão resultados ainda mais robustos em 2016"
 (Evaristo Sá / AFP)

Dilma Rousseff: "Todas as medidas que estamos tomando produzirão resultados ainda mais robustos em 2016" (Evaristo Sá / AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2016 às 11h32.

O Brasil se mantém como um mercado atraente e confiável para os investidores estrangeiros, afirmou nesta sexta-feira a presidente Dilma Rousseff, que realiza uma visita oficial ao Chile.

"O Brasil se mantém como um mercado atraente e confiável para o investidor estrangeiro", declarou Dilma em uma entrevista ao jornal El Mercurio de Santiago, na primeira visita que realiza a Santiago desde que a presidente chilena Michelle Bachelet assumiu o comando do país, em março de 2014.

No ano passado, a renda líquida de investimentos diretos no Brasil foi de 75,1 bilhões de dólares, enquanto que o superávit da balança comercial chegou aos 19,68 bilhões de dólares. "O melhor resultado desde 2011", insistiu a presidente.

"Todas as medidas que estamos tomando produzirão resultados ainda mais robustos em 2016, mantendo o Brasil como destino de investimentos internacionais e construindo condições para a recuperação de boas notas das agências classificadoras de risco", acrescentou.

A economia brasileira, no entanto, se contraiu 3,8% no ano passado.

Na quarta-feira, a agência de classificação financeira Moody's rebaixou a dívida soberana do Brasil em dois degraus, à categoria especulativa.

A Moody's reduziu a nota de crédito da sétima economia mundial, atingida por uma profunda crise econômica e política, de Baa3 a Ba2, com perspectiva negativa, o que significa que podem ocorrer novos rebaixamentos.

O rebaixamento era esperado pelo mercado. A Standard & Poor's e a Fitch já haviam retirado do Brasil o apreciado grau de investimento no passado, deixando o país em estado de grande vulnerabilidade porque os grandes fundos de capital não podem investir em países cuja dívida soberana é considerada especulativa por duas ou mais agências.

O governo brasileiro espera uma contração da economia de 2,9% em 2016, enquanto projeções privadas preveem uma queda de 3,5%. Se estes prognósticos forem confirmados, o Brasil viveria seu primeiro biênio recessivo desde 1930-31.

A agência também citou o cenário político no país, que, assim como ocorreu em todo o ano de 2015, dificulta a aplicação de reformas e o ordenamento fiscal em uma economia que, de acordo com analistas de mercado, retrocedeu 3,8% em 2015.

O Brasil é hoje o principal destino dos capitais de empresas chilenas no exterior, com um montante acumulado de 26,187 bilhões de dólares, equivalente a 26,2% do total nacional, de acordo com dados oficiais chilenos.

Durante sua visita a Santiago, Rousseff se reunirá com Bachelet no palácio presidencial de La Moneda e manterá um encontro com empresários.

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