Economia

2013 mostra situação melhor para economia mundial, diz Dilma

Pior parte da crise internacional já teria passado, afirmou a presidente após a 6ª Cúpula Brasil-União Europeia

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 16h41.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira que as perspectivas da economia para 2013 mostram uma situação melhor no cenário internacional e que já há uma percepção generalizada de que o pior da crise na União Europeia ficou para trás.

Dilma, em declaração após reunião da 6a Cúpula Brasil-União Europeia, afirmou que durante o encontro foi feita a avaliação de uma situação econômica "melhor".

"Tanto do ponto de vista das perspectivas das economias americana, chinesa, e também a própria evolução da situação econômica na União Europeia, onde há uma generalizada percepção que a pior parte ficou para trás", disse.

"Expressamos os nossos desejos e a nossa convicção de que este ano de 2013 apresenta uma situação melhor no que se refere ao cenário internacional", afirmou.

A cena externa tem sido apontada pelo governo brasileiro como um dos fatores que resultaram num crescimento da economia abaixo do esperado em 2012, ano em que a expansão deve ficar em torno de 1 por cento, apesar da adoção de medidas de estímulo econômico.


Alguns países da zona do euro --como Portugal, Grécia e Espanha-- enfrentam uma crise de suas dívidas que afetam suas economias e os levaram a tomar duras medidas de austeridade.

A presidente passou a manhã desta quinta reunida com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, além de diversos ministros representantes das áreas em que foram assinados acordos de cooperação.

Dilma também ressaltou, na declaração, a importância de uma política que reforce a competitividade do país para a superação da crise econômica.

"Seja através da redução do custo de capital, como nós praticamos; do custo do trabalho, através da desoneração da folha de pagamento", explicou a presidente, citando também a redução das tarifas de energia elétrica como um estímulo à competitividade.

Dilma anunciou, na quarta-feira, a redução antecipada das contas de luz, em percentual maior do que o anteriormente previsto pelo governo. A presidente aproveitou o anúncio para descartar a possibilidade de racionamento ou estrangulamento no setor energético, em resposta ao clima de desconfiança provocado por uma baixa nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, no início do mês.

Com a intenção de estimular a economia, o governo adotou no ano passado medidas como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos da chamada linha branca e para automóveis e a desoneração da folha de pagamento de diversos setores, num contexto em que a taxa básica de juros --a Selic-- está em sua mínima histórica, a 7,25 por cento ao ano.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaCrises em empresasDilma Rousseffeconomia-brasileiraPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Economia

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade