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Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2014 às 14h28.
Brasília - Durante a cerimônia de lançamento do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2014/15, a presidente Dilma Rousseff comemorou nesta segunda-feira, 19, o crescimento da safra 2013/14, que deve colher 191,2 milhões de toneladas de grão, ou 1,6% a mais do que na safra anterior.
Dilma ponderou que o crescimento ocorreu mesmo com a ocorrência de "contratempos climáticos em importantes áreas agrícolas do País".
A presidente afirmou ainda que o "o mais importante" é o aumento da produtividade, o que permite que "a produção cresça mais do que a área plantada".
De acordo com Dilma, o crescimento da produtividade se deve a avanços nas áreas de melhoramento genético, controle de doenças e "outros avanços tecnológicos".
"O Brasil tem motivos de sobra para se orgulhar do nosso agronegócio", disse a presidente. Dilma afirmou ainda que o agronegócio brasileiro é um "modelo de sucesso".
A presidente também utilizou seu discurso para criticar o governo tucano que, segundo a presidente, tinha dificuldades em "fazer uma política de crédito adequada". "Lembrar o cenário de 12 anos nos ajuda a ter uma posição mais precisa para as transformações que vamos construir juntos", declarou.
Sem citar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ou mesmo o PSDB, Dilma lançou números para comparar a política de disponibilização de crédito rural no governo tucano e a partir da administração de Luiz Inácio Lula da Silva, iniciada em 2003.
"Na safra anterior à chegada do presidente Lula, nós tínhamos colhido 96,8 milhões de toneladas de grãos para uma área de 40,2 milhões de hectares", discursou a presidente.
Segundo ela, a safra 2013/14 deve colher 191 milhões de toneladas de grãos, numa área de 56,4 milhões de hectares. "Tamanho crescimento da produtividade só é possível com muita pesquisa e muito trabalho qualificado", alfinetou.
Além do mais, Dilma comparou a oferta de crédito na última safra antes da posse de Lula e as taxas de juros disponibilizadas. "Não só foram mais recursos, mas a taxa de juros médio mudou de patamar", disse.
"Dos 8,75% (a.a.) antes para custeio e para investimento, hoje trabalhamos com taxas de 4% a 6,5% (a.a). A taxa para investimento chegava (antes de Lula) a 10,75%", afirmou.
Dilma disse, ainda, que o agronegócio brasileiro é líder no cenário internacional e que é fundamental para o desenvolvimento sustentável do País.
A cerimônia de lançamento do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2014/15 acontece no Palácio do Planalto, em Brasília, e tem também a presença do ministro da Agricultura, Neri Geller.
O valor para financiamento do PAP, de R$ 156,1 bilhões, faz parte de um 'pacote de bondades' preparado pelo governo para se reaproximar do agronegócio.