Economia

Dilma defende maior participação dos países emergentes na direção do FMI

Desde a reunião do G20 em Cannes, o Brasil é favorável a ter uma maior participação em cotas do FMI

Em Hannover, Dilma visita o pavilhão do Brasil na Feira internacional, acompanhada da chanceler Angela Merkel (Roberto Stuckert Filho/PR)

Em Hannover, Dilma visita o pavilhão do Brasil na Feira internacional, acompanhada da chanceler Angela Merkel (Roberto Stuckert Filho/PR)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2012 às 13h47.

São Paulo - Em visita à Feira Internacional de Tecnologias da Informação e das Comunicações na Alemanha, a presidente Dilma Rousseff defendeu a maior participação do Brasil em cotas do FMI – e o aumento proporcional dos países emergentes na direção do fundo. 

Segundo a presidente, desde a reunião do G20 em Cannes, o Brasil é favorável a ter uma maior participação em cotas do FMI. “Para ver esse aumento de cotas, tem de haver um aumento proporcional dos países emergentes na direção do FMI, o que chamamos de mudança na governança dos órgãos financeiros multilaterais”, afirmou a presidente. 

Dilma também reafirmou que o Brasil adotará as medidas necessárias para conter os efeitos da “desvalorização artificial das moedas”. Segundo ela, o governo brasileiro terá uma “posição pró-ativa” para ampliar a taxa de crescimento da economia de forma sustentável, respeitando o equilíbrio macroeconômico e a solidez fiscal.

Durante a visita à Alemanha, Dilma criticou o excesso de recursos injetados na economia global pelos países desenvolvidos para amenizar os efeitos da crise econômica. Dilma disse que essa expansão monetária produz desvalorização artificial das moedas e uma bolha especulativa.

Dilma e a chanceler alemã, Angela Merkeldisseram que discutiram as preocupações de Dilma. Merkel afirmou que as medidas eram temporárias. A chanceler também disse que recebeu garantias da presidente Dilma de que o Brasil participará de uma recapitalização do FMI. 

Acompanhe tudo sobre:Angela MerkelDilma RousseffFMIPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo