Dilma durante assinatura do contrato para construção da P-75 e da P-77: "dez anos depois estamos aqui numa outra realidade, que mostra que de fato era uma avaliação muito preconceituosa", disse (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2013 às 12h18.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff participa nesta segunda-feira, 16, da cerimônia de assinatura do contrato para construção das plataformas P-75 e da P-77, no Polo Naval do Rio Grande, além da conclusão das obras da P-55. No evento, Dilma afirmou que, quando era ministra de Minas e Energia, muitos diziam que o país não tinha capacidade para desenvolver a indústria naval.
"Uma minoria de empresários defendia que o Brasil tinha todas as condições de voltar a construir e havia aquela opinião generalizada de que nós não tínhamos capacidade de engenharia para fazer os projetos nem trabalhadores adequados nem empresas capazes", disse a presidente, que ressaltou que o País havia sido uma das maiores indústrias navais do mundo na década de 80.
"Dez anos depois estamos aqui numa outra realidade, que mostra que de fato era uma avaliação muito preconceituosa." Ela afirmou que há hoje uma quantidade muito significativa de trabalhadores do setor naval no país. "Naquela época havia dois mil trabalhadores em toda a indústria de petróleo e gás no Brasil", disse. "O Rio Grande do Sul hoje tem um polo naval e esse polo naval não é só a visão dessas plataformas, é a visão integrada. Serão 18 mil trabalhadores empregados na indústria naval equivalendo em termos de recursos a US$ 6 bilhões", completou a presidente.
"Hoje temos no Brasil inteiro uma quantidade muito significativa de trabalhadores porque são vários estaleiros espalhados pelo Brasil", reiterou a presidente, emendando que existem atualmente no País 70 mil trabalhadores na indústria naval brasileira e que há dez anos eram apenas dois mil.
"Caminho"
Dilma ressaltou ainda que com a assinatura da P-75 e da P-77 não vê "apenas um momento, mas um caminho para o setor". "Essas plataformas precisam ficar prontas o mais rápido possível", completou, dizendo que a conclusão é essencial para o Brasil e para a indústria de fornecedores (para o setor de petróleo).
"Nós não somos e não podemos ser um país que produz só o óleo bruto e exporta empregos, exporta demanda. Vamos ter demanda para o mercado internacional, mas o grosso da demanda tem de estar aqui ancorada nas nossas empresas". Dilma afirmou ainda que é "essencial" que as empresas privadas cresçam junto com a expansão vista para o setor de óleo e gás.