Economia

Dilma aumenta tributação sobre lucros de bancos

A presidente assinou MP que aumenta alíquota de contribuição social sobre o lucro dos bancos, de 15% para 20%


	A presidente Dilma Rousseff: ação visa trazer mais recursos para reequilibrar as contas públicas
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

A presidente Dilma Rousseff: ação visa trazer mais recursos para reequilibrar as contas públicas (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2015 às 23h12.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff assinou hoje a Medida Provisória que aumenta a tributação de lucros dos bancos e outras instituições financeiras.

A medida visa trazer mais recursos para reequilibrar as contas públicas e eleva a alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) de 15% para 20%.

A estimativa inicial do governo é que esse aumento gere para a receita da União entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões a mais por ano, segundo fonte do governo.

O aumento da tributação reforça as medidas de ajuste fiscal elaboradas pela equipe do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que incluem ainda um corte no orçamento da União de R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões, além das aprovações das MPs 664 e 665, que alteram as regras de acesso a benefícios previdenciários e trabalhistas.

O governo busca uma meta de superávit primário neste ano de R$ 66,3 bilhões, equivalente a cerca de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

O aumento da CSLL não é a primeira elevação de impostos adotada pelo governo. Em janeiro, ocorreram a cobrança da Cide-Combustível, a elevação da alíquota do IOF nas operações de crédito de pessoas físicas e do PIS/Cofins de produtos importados. 

Nessa semana, Joaquim Levy não descartou elevar mais impostos para cumprir a meta do superávit.

Texto atualizado às 21h47

Acompanhe tudo sobre:BancosDilma RousseffFinançasGovernoImpostosLeãoLucroPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo