Economia

Dilma assegura que governo não rompe contratos

Dilma evitou comentar o calote dado por Sarney e preferiu voltar cinco anos na história do País

Dilma pode estar gerando desconforto em certos setores de sua base de apoio parlamentar, aumentando os custos do gerenciamento de sua agenda (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma pode estar gerando desconforto em certos setores de sua base de apoio parlamentar, aumentando os custos do gerenciamento de sua agenda (Roberto Stuckert Filho/PR)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2011 às 20h25.

Brasília - Ao participar do encerramento do encontro "os desafios do Brasil como 5ª potência mundial e o papel do agronegócio", em Brasília, a presidente Dilma Rousseff foi muito aplaudida ao assegurar para a plateia que o seu governo não rompe contratos.

Mas, ao fazer esta afirmação e complementar que desde antes do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso o Brasil não deixava de cumprir com seus compromissos externos, Dilma se deu conta de que faria uma crítica ao seu aliado, o senador e ex-presidente José Sarney, que em 1987 anunciou a suspensão do pagamento dos juros da dívida externa do Brasil.

"Em todas as áreas, nós jamais rompemos contratos...", disse. "A partir, se eu não me engano, do governo Fernando Henrique Cardoso,... pode ter sido algum governo anterior, mas desde governos anteriores, nós não rompemos contratos mais", declarou a presidente.

Dilma evitou comentar o calote dado por Sarney e preferiu voltar cinco anos na história do País, pulando o governo de seu aliado político, para citar que "o Brasil tinha a marca do default de 1982". E completou: "hoje nós não temos mais esta marca". Em dezembro de 1982, João Figueiredo, último presidente da República do regime militar, admitiu, em uma reunião com banqueiros, em Nova York, que o Brasil estava quebrado.

Acompanhe tudo sobre:Gestão públicaGoverno DilmaOrçamento federal

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto