Economia

Dilma acredita que haverá tensão econômica mesmo resolvida a questão americana

Presidente fez críticas ao impasse que se deu nos últimos dias entre o governo de Barack Obama e o Parlamento para aprovação do teto da dívida dos Estados Unidos

Na avaliação de Dilma, o mundo ainda viverá um período de tensão econômica, resultado de “insensatez” (Wilson Dias/ABr)

Na avaliação de Dilma, o mundo ainda viverá um período de tensão econômica, resultado de “insensatez” (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2011 às 15h09.

Brasília – Enquanto o Senado norte-americano aprovava a elevação do teto da dívida federal na data limite para que se evitasse um calote dos Estados Unidos, a presidente Dilma Rousseff discursava em cerimônia no Palácio do Planalto, na divulgação do Plano Brasil Maior. Na ocasião, ela fez críticas ao impasse que se deu nos últimos dias entre o governo de Barack Obama e o Parlamento, o que levou instabilidade aos mercados mundiais. Na avaliação de Dilma, o mundo ainda viverá um período de tensão econômica, resultado de “insensatez”.

“Isso [a aprovação da elevação do teto da dívida americana] evitará o pior, mas o mundo viverá um grande período de tensão econômica, resultado da insensatez, da incapacidade política e da supremacia de ambições regionais ou corporativas de alguns países sobre as necessidades globais”, disse. Segundo Dilma, o Brasil tem condições de enfrentar uma crise prolongada, mas não pode se declarar imune a seus efeitos. “A insensatez podia ter sido evitada, mas a instabilidade produzida lá fora vai continuar.”

A presidente lembrou que, em 2008, o Brasil foi o primeiro país a superar a crise financeira mundial e que tem, agora, condições de fazê-lo de novo. “Hoje, mais do que nunca é preciso defender a indústria brasileira e nossos empregos da concorrência desleal e da guerra cambial que reduz nossas exportações e tenta reduzir nosso mercado interno, que construímos com tanto esforço”.

O Senado dos Estados Unidos aprovou hoje (2) o plano bipartidário formulado pelos líderes do Congresso para aprovar o limite do endividamento do país. Na noite de ontem (1º), o projeto havia sido aprovado na Câmara dos Representantes.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaDilma RousseffDívidas de paísesEstados Unidos (EUA)Países ricosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Economia

Correios acumulam déficit e governo estuda novas fontes de receita

Despesa com Previdência fecha 2024 com R$ 29,9 bilhões acima do estimado no Orçamento

Exclusivo: Bernard Appy, secretário da Reforma Tributária, é o entrevistado da EXAME desta sexta

Governo encerra 2024 com déficit de R$ 43 bilhões nas contas públicas, equivalente a 0,36% do PIB