Pedestres atravessam a rua no distrito comercial no Japão: vice-diretor-gerente do FMI acredita que "seria muito difícil alcançar a meta da inflação de 2% no início de 2015" (Toru Hanai/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2013 às 21h27.
Washington - Um alto funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta quarta-feira que dificilmente o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) conseguirá atingir a meta da inflação de 2% em dois anos, observando que as expectativas de inflação não estão crescendo significativamente.
O vice-diretor-gerente do FMI, Naoyuki Shinohara, acrescentou que o BoJ não será capaz de aumentar as suas compras de ativos, sem criar "significativos efeitos colaterais negativos " sobre a economia.
No relatório Perspectiva Econômica Global, divulgado nesta terça-feira, o FMI avaliou que uma flexibilização monetária pode ser necessária no Japão que a inflação chegue a 2% até 2015.
Para ele, qualquer flexibilização adicional deve ser considerada apenas como um último recurso, classificando a possibilidade de "Plano B", acrescentando que todas as compras de ativos adicionais poderiam ser prejudiciais para os mercados de ativos do Japão.
Há seis meses, o BoJ lançou o seu programa de compra de ativos, na esperança de agitar a inflação. A iniciativa gerou a expectativa de que a operação, juntamente com as reformas estruturais da economia, teria sucesso em colocar mais dinheiro em circulação e para aumentar a inflação.
O mercado de ações subiu e o iene caiu. Mas no verão, ambos os mercados "perderam o impulso inicial", disse Shinohara.
Com o atual panorama, o vice-diretor-gerente do FMI acredita que "seria muito difícil alcançar a meta da inflação de 2% no início de 2015. Segundo nossos cálculos, isso não acontecerá antes de 2016 ou 2017", afirmou. Fonte: Dow Jones Newswires.