Fila de pessoas procurando emprego em Atenas: a alta mais pronunciada em julho foi registrada na Grécia, de 1,4 ponto, para 23,1% (John Kolesidis/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2012 às 10h17.
Bruxelas - A Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) alertou nesta quinta-feira sobre o aumento contínuo da diferença entre os níveis de desemprego dos Estados-membros, que em julho atingiu um máximo de 20,6 pontos (entre a taxa de 4,5% na Áustria e 25,1% da Espanha), a maior durante a última década.
Esta é uma das conclusões do relatório mensal sobre a situação do emprego na UE publicado hoje pelo Executivo comunitário e baseado nos últimos dados disponíveis do Eurostat, correspondentes a julho.
O documento destaca que a taxa de desemprego "continuou sua tendência de alta" na UE entre maio e julho, devido aos aumentos registrados em 17 Estados-membros.
A alta mais pronunciada neste período foi registrada na Grécia, de 1,4 ponto e para 23,1%, seguida da Espanha (0,7 ponto, para 25,1%) e Letônia (0,5 ponto, para 15,9%).
Enquanto isso, a taxa de desemprego se manteve estável na Alemanha, Finlândia e Polônia, e caiu em outros sete países, entre os quais se destacam as baixas da Estônia (de 0,8 ponto, para 10,1%) e Lituânia (de 0,4 ponto, para 13%).
Entre abril de 2011 e o mês passado de julho, o desemprego registrou uma alta constante na UE que representa um aumento total de um ponto percentual, para alcançar 10,4%.
Esta escalada equivale a cerca de 2,6 milhões adicionais de pessoas desempregadas nos 27 países do bloco, somando um total de 25,2 milhões.
Além disso, o aumento do desemprego no citado período foi maior nos países do euro (de 0,2 ponto, para 11,3%) que em conjunto da União (de 0,1%, para 10,4%).
Em relação ao desemprego juvenil, o relatório assinala uma estabilização da taxa em um nível muito alto (de 22,5% em julho).
Entre maio e julho, o desemprego entre quem tem menos de 25 anos continuou crescendo em uma dezena de Estados-membros - entre eles Espanha, onde aumentou um ponto para 52,9% - e se estagnou ou diminuiu no resto.
As perspectivas dos industriais e empresários europeus também se deterioraram durante a primavera passada, segundo refletem os últimos dados do clima empresarial, correspondentes a agosto.
Em tal mês, os responsáveis do setor industrial se mostraram "bastante pessimistas" sobre a evolução do emprego em 14 Estados-membros, e especialmente, na Espanha, Grécia e Itália, ressalta o relatório.