Economia

Diesel continua mais caro do que fora e abre espaço para redução diz Abicom

Os preços do diesel nas refinarias da Petrobras estão com defasagem positiva de 16%, depois de terem chegado a 18% no dia anterior

Diesel: Abicom diz que seria possível a Petrobras reduzir o litro do diesel em R$ 0,60 (FeelPic/Thinkstock)

Diesel: Abicom diz que seria possível a Petrobras reduzir o litro do diesel em R$ 0,60 (FeelPic/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de fevereiro de 2023 às 13h01.

O preço médio do diesel no mercado brasileiro continua acima do praticado no mercado internacional, segundo duas instituições, refletindo uma demanda mais fraca do que o esperado no inverno do hemisfério norte, a estabilização do preço do combustível no Golfo do México e o câmbio no Brasil.

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), seria possível a Petrobras reduzir o litro do diesel em R$ 0,60 para atingir a paridade com o mercado externo.

Os preços do diesel nas refinarias da Petrobras estão com defasagem positiva de 16%, depois de terem chegado a 18% no dia anterior, enquanto na Bahia, a Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, registra diferença também positiva de 9%.

Já a gasolina está mais próxima da paridade dos preços internacionais, com defasagem positiva de 6% em todos os mercados.

A Petrobras aumentou a gasolina no dia 25 de janeiro, enquanto o diesel, combustível mais sensível por afetar os caminhoneiros, está há dois meses sem reajuste. Já a Acelen, na Bahia, tem feito reajustes semanais na gasolina e no diesel desde que assumiu a operação da Refinaria de Mataripe, no final de 2021.

Na última quarta a Acelen, no Polo Aratu-BA, reduziu o preço da gasolina A em R$0,3395 por litro, informa a Abicom.

Já o Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) estima que a defasagem positiva do diesel gira em torno dos 14% e da gasolina em 8,86% em todos os polos de referência de importação no Brasil.

"Na data de referência (6/2), os contratos futuros do petróleo e seus derivados apresentaram perdas expressivas, alimentadas por novos desenvolvimentos dos indicadores econômicos norte-americanos", disse o Cbie em nota.

Segundo a instituição, o Departamento do Trabalho do governo dos Estados Unidos (EUA) divulgou que o número de indivíduos empregados em janeiro cresceu em 517.000, superando as expectativas de economistas.

"O resultado sinaliza ao banco central do país (EUA) que existe uma margem para novos incrementos em sua taxa de juros. Em reação à notícia, o índice do dólar experienciou um rally positivo, que o levou ao patamar mais alto das últimas 3 semanas pressionando negativamente as cotações de commodities e outros ativos monetários", disse o Cbie.

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