Economia

Dieese: mínimo deveria ter sido de R$ 2.157,88 em maio

São Paulo - O salário mínimo do trabalhador do País deveria ter sido de R$ 2.157,88 em maio para que ele suprisse suas necessidades básicas e da família, conforme estudo divulgado nesta segunda-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A constatação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - O salário mínimo do trabalhador do País deveria ter sido de R$ 2.157,88 em maio para que ele suprisse suas necessidades básicas e da família, conforme estudo divulgado nesta segunda-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A constatação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 17 capitais do Brasil.

Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 256,86, em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 4,23 vezes maior que o piso vigente no Brasil, de R$ 510.

Em relação a abril, o salário mínimo necessário para o trabalhador diminuiu em quase R$ 100,00, já que no mês passado seu valor era calculado em R$ 2.257,52. Em maio de 2009, o mínimo necessário ficava em R$ 2.045,06, ou seja, 4,40 vezes o mínimo de então (de R$ 465,00).

O Dieese também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em maio de 2010, o conjunto de bens essenciais diminuiu, na comparação com o mês anterior. Na média das 17 cidades pesquisadas pela instituição, o trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 97 horas e 39 minutos para realizar a mesma compra que, em abril, exigia a execução de 98 horas e 44 minutos. Em maio de 2009, a mesma compra também necessitava a realização de uma jornada maior, de 98 horas e 35 minutos.

Ranking de preços

A cidade de Porto Alegre manteve, em maio, pelo 20º mês consecutivo, o posto de capital brasileira com a cesta básica mais cara do Brasil. De acordo com levantamento nacional realizado em 17 capitais pelo Dieese, a capital gaúcha liderou o ranking, mesmo depois de a cesta apresentar um expressivo recuo de 4,41% ante abril.

No mês passado, o preço da cesta em Porto Alegre atingiu R$ 256,86. O valor ficou pouco acima do preço observado na segunda capital mais cara, São Paulo, onde o conjunto de produtos alimentícios essenciais custou, em média, R$ 256,31.

A terceira capital com preço mais elevado, de R$ 249,39, foi Manaus, seguida de perto pelo valor médio das cestas de Vitória (R$ 242,85), Belo Horizonte (R$ 240,47) e Rio de Janeiro (R$ 240,36). Os menores custos em maio foram apurados em Fortaleza (R$ 185,73) e Aracaju (R$ 187,10).

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