Economia

Pessimismo explica demissões da indústria em maio, diz Dias

Só a indústria de transformação fechou 28.533 vagas a mais do que gerou de postos de trabalho no mês passado


	Manoel Dias: ele reconheceu que próprio governo esperava desempenho melhor no mês
 (Valter Campanato/ABr)

Manoel Dias: ele reconheceu que próprio governo esperava desempenho melhor no mês (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 16h02.

Brasília - O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, atribuiu ao "pessimismo dos empresários" o resultado ruim do setor industrial na geração de empregos com carteira assinada em maio.

Além disso, Dias reconheceu que o próprio governo esperava um desempenho melhor no mês.

Só a indústria de transformação fechou 28.533 vagas a mais do que gerou de postos de trabalho no mês passado. "Se não tivesse ocorrido queda de geração de emprego na indústria, geraríamos 100 mil empregos no mês", disse Dias.

Apesar de ter registrado um saldo positivo, o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês de maio, divulgado nesta terça-feira, 24, pelo Ministério do Trabalho, é o pior em 22 anos.

O saldo líquido de 58.836 vagas criadas no mês passado só superou os 21.533 empregos com carteira assinada criados em maio de 1992.

"O resultado foi surpresa na medida em que não esperávamos queda tão expressiva no setor industrial", afirmou o ministro.

Além disso, Dias argumentou que sua equipe enxerga que parte considerável dos empregos que a Copa do Mundo promoveria foram contabilizados no início do ano, mais especificamente em fevereiro.

Depois de dizer que a indústria brasileira não consegue produzir o suficiente para atender à demanda do País, Dias afirmou que o setor vai se recuperar, mas não quis arriscar quando essas mudanças serão sentidas.

"Esperamos que medidas de ajuda à indústria ajudem (o setor)", afirmou, em referência ao anúncio do governo federal na última semana, com prorrogação de benefícios para o segmento.

Sobre o setor de serviços, que apresentou saldo de geração de 38.814 empregos em maio, Dias afirmou que a área continuará em crescimento.

"Vivendo o pleno emprego, o Brasil não tem tanta demanda (de mão-de-obra) quanto no passado", argumentou o ministro.

O governo não revisou a previsão de geração de 1,4 milhão a 1,5 milhão de empregos formais neste ano.

Segundo Dias, o dado será revisado em julho, quando o Ministério de Trabalho divulgar os dados referentes a junho. Para este mês, o ministro afirmou que já espera melhora nos dados do Caged.

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