Economia

Dia das Mães confirma menor crescimento do comércio

Três indicadores divulgados hoje confirmam essa perda de força, já apontada pelos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


	Compras: inflação e custo do crédito influenciaram postura mais contida, para economistas
 (Larissa Belova/Getty Images)

Compras: inflação e custo do crédito influenciaram postura mais contida, para economistas (Larissa Belova/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 17h03.

São Paulo - As vendas de presentes para o Dia das Mães este ano cresceram menos em relação ao registrado em maio do ano passado, confirmando a tendência de desaceleração para o varejo em 2014.

Três indicadores divulgados hoje confirmam essa perda de força, já apontada pelos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, as vendas de presentes cresceram 2,9% em relação a 2013, considerando o observado no período de 5 a 11 de maio.

A Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), que administra o Cadastro Positivo, registrou aumento de 2,7% no mesmo período.

Já os dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) apontam queda de 3,55% nas vendas a prazo no período de 4 a 10 de maio.

Em maio do ano passado, o volume de vendas superou o registrado em 2012 em 5,3%, segundo o Serasa Experian, e em 4,5%, de acordo com a Boa Vista SCPC. Para as compras a prazo, a CNDL e o SPC Brasil registraram aumento de 6,44% em 2013.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas no varejo registraram leve alta de 0,2% em fevereiro na comparação com janeiro, mostrando perda de força devido à moderação no consumo.

A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do instituto fechou 2013 com crescimento de 4,3%, a menor variação registrada em dez anos. Em 2012, essa taxa havia ficado em 8,44%.

No fim de abril, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) informou que deve reduzir a expectativa de crescimento para o setor, atualmente em 5,5%, para 5% em 2014.

Economistas apontam a aceleração da inflação e o custo do crédito mais elevado (que tem impacto sobre as vendas a prazo) como os fatores que influenciaram a postura mais contida do consumidor na hora de fazer compras.

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