Economia

Dez editoras detêm 30% do faturamento do mercado de livros

Estudo inédito feito pela GfK considerou o cenário das vendas em livrarias, sites e demais pontos de venda, nos formatos tradicionais, e-books e áudio books

Mais de 4.500 empresas fizeram parte da pesquisa (TheFutureIsUnwritten/Flickr)

Mais de 4.500 empresas fizeram parte da pesquisa (TheFutureIsUnwritten/Flickr)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2012 às 16h26.

Rio de Janeiro - Um estudo inédito realizado no Brasil pela GfK mostrou que apenas 10 editoras são responsáveis por 30% do faturamento total do mercado. No total, foram analisadas 4.500 empresas do ramo. O estudo “O painel de livros da GfK Brasil”, feito durante os primeiros cinco meses do ano, considerou o cenário de vendas em livrarias, sites e demais pontos de venda, como lojas de departamentos e hipermercados.

Além dos livros tradicionais, também foram pesquisados e-books e áudio books nas categorias não-ficção (direito, medicina, ciências), ficção (literatura e jogos) e infanto-juvenil (ficção e não ficção). O estudo indicou, por exemplo, que entre 150 mil títulos, apenas 20 responderam por 8% do faturamento do setor. Os 10 títulos mais expressivos foram responsáveis por 5,8%, enquanto três deles contribuíram com 3,6% da arrecadação total.

O mês de janeiro é o que mais apresentou saída de livros, devido ao período de férias e à procura por livros didáticos. Ao longo do ano a compra diminui e fevereiro registrou a queda mais brusca, com 24,7%. Em março houve alta de 4,8% no total de unidades vendidas, abril foi marcado pela queda de 5,2% no volume de vendas e maio apresentou alta de 7,5%.

Em relação ao faturamento, janeiro e fevereiro apresentaram queda de 20,6% e o preço médio do livro subiu 5,5%. Em março, o volume de vendas aumentou 7% e a variação de preço foi de 2%. Entre março e abril, houve queda de 10% no faturamento, acompanhada por também queda de 5% no preço do produto. De abril a maio, o faturamento voltou a subir em 5,6% enquanto o preço caiu em 1,8%.

Encomendada pelas próprias editoras, a pesquisa da GfK norteia as marcas em relação ao mercado e mostra tendências dos gêneros que mais se destacam, além dos segmentos com maior potencial de crescimento e desempenho dos lançamentos. Outro ponto é o acompanhamento dos preços praticados e qual o momento certo de cobrar mais barato, por exemplo.

O preço médio do livro de ficção no Brasil é de R$ 32,00, na França, por exemplo, é de R$ 26,10. O de não-ficção no país custa em média R$ 49,40 e na França R$ 34,60. Já o infanto-juvenil, que no varejo brasileiro é vendido por R$ 28,60, é comercializado a R$ 18,50 na França. De forma geral, o livro no Brasil chega a custar R$ 45,00 e o país possui uma renda per capita média abaixo de R$ 30 mil por ano. Na França, o livro custa menos da metade e a renda per capita é três vezes maior que a brasileira.

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