Economia

Desvio em projeção de receita e despesa deverá ser explicado

A medida, considerada pelos parlamentares um reforço da política fiscal, foi incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015 pelo Congresso Nacional

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2015 às 14h17.

Brasília - Para impedir a repetição da "maquiagem" nas contas públicas, a equipe econômica será obrigada a justificar ao Congresso Nacional quaisquer "desvios" nas projeções de receitas e despesas do orçamento da União.

A medida, considerada pelos parlamentares um reforço da política fiscal, foi incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015 pelo Congresso Nacional e mantida sem veto pela presidente Dilma Rousseff.

Os vetos da LDO foram publicados em edição extra do Diário Oficial da União.

A exigência visa garantir maior transparência aos relatórios de avaliação de receitas e despesas que são enviados pelo Executivo a cada dois meses para o Legislativo e servem de parâmetro para o cumprimento da meta fiscal.

Atualmente, não existe essa exigência. Com a medida, o Congresso quer ter mais controle sobre as projeções do cumprimento da meta para que não ocorra mais de o governo mandar, no final exercício fiscal, um novo projeto alterando as metas fiscais do ano.

Dessa forma, as projeções de despesas e receitas terão de ser mais realistas ao longo deste ano.

Durante a maior parte de 2014, o governo superestimou as receitas e subestimou as despesas para não ter que admitir, em meio à campanha eleitoral, que não conseguiria cumprir a meta fiscal do ano.

No espaço de dois meses, o governo reduziu em R$ 70 bilhões a previsão de superávit primário do ano passado, simplesmente "recalibrando" as suas previsões que estavam maquiadas.

Pela LDO de 2015, o governo terá de justificar no relatório seguinte as razões pelas quais as previsões foram alteradas.

Acompanhe tudo sobre:CongressoGovernoOrçamento federal

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta