Economia

Despesa de pessoal com militares cresce 17% após reestruturação

Dados do Ministério da Economia apontam aumento de gastos de R$ 5,5 bilhões em 2020. Defesa diz que reforma da Previdência da categoria compensa alta

Militares (Jose Fernando Ogura/Getty Images)

Militares (Jose Fernando Ogura/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 24 de maio de 2021 às 07h49.

O gasto com pessoal militar cresceu mais em 2020 do que a projeção feita pelo Ministério da Defesa para a primeira fase da reestruturação das carreiras aprovada em 2019.

Dados do Painel Estatístico de Pessoal (PEP), do Ministério da Economia, apontam que o aumento nessas despesas foi de R$ 5,55 bilhões no ano passadp. O valor é 17% maior do que a Defesa previu à época da reforma no sistema de aposentadorias das Forças Armadas.

As mudanças na carreira dos militares incluíram, por exemplo, pagamento de adicional por curso realizado, resultando no aumento da remuneração desses profissionais. Elas foram aprovadas no mesmo ano que a reforma da Previdência da categoria.

Em 20 anos, o gasto extra com a reestruturação da carreira militar levará a um gasto extra de R$ 217,66 bilhões, de acordo com a pasta da Economia. A Defesa diz que o aumento de gastos é compensado com as mudanças para os inativos.

Procurado, o Ministério da Defesa não comentou os números do painel da Economia e afirmou que houve economia no ano passado, se considerados os efeitos da reforma.

De acordo com a pasta, houve aumento de gastos com pessoal de R$ 4,84 bilhões e geração de receitas de R$ 5,55 bilhões.

A pasta também informou que, com a pandemia de Covid-19, houve necessidade de convocar pessoal para a área de saúde e prorrogar o tempo do Serviço Militar.

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroMilitaresOrçamento federal

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo