Com árvores ou sem: desenvolvimento relacionado a elas não é fenômeno exclusivamente brasileiro (Reprodução/Google Earth)
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2014 às 16h21.
São Paulo - De um lado, o bairro com o metro quadrado mais caro da cidade de Salvador (BA).
De outro, o lugar com um dos preços mais baixos da capital baiana. Além do tamanho dos terrenos e da qualidade das construções, você notou a diferença de arborização dos bairros?
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa desigualdade não é por acaso.
Além da presença de iluminação pública, pavimentação, calçada, bueiro ou esgoto a céu aberto (!), a abundância de árvores – ou a ausência delas – funciona como termômetro para medir a prosperidade de uma região, revela o censo de 2010.
Pouco mais da metade (58,5%) das casas com renda menor que ¼ do salário mínimo tem alguma área verde no entorno.
Quando a renda ultrapassa dois salários mínimos, esse número sobe para 78,5%.
Esse não é um fenômeno exclusivamente brasileiro. Estudo realizado nos Estados Unidos, em 2008, chegou à mesma conclusão: o poder aquisitivo dos moradores de certos bairros tem influência direta na quantidade de árvores nas ruas.
Por sua vez, as plantas embelezam a paisagem (inegável!), controlam o calor das cidades, capturam CO2 e aumentam a qualidade de vida dos moradores. Melhor com elas por perto!
Desde meados de 2013, o Brasil ganhou cerca de 200 “ultraricos”, ou seja, gente que possui mais que 50 milhões de dólares.
A conclusão é do relatório Prosperidade Global, do banco Credit Suisse, que calcula que o país tenha 225 mil milionários e 296 mil adultos entre os 1% mais ricos do mundo.
De acordo com o levantamento, a riqueza global avançou para US$ 263 trilhões – 8,3% maior em relação a 2013 –, mas a distribuição de renda está cada vez mais desigual.