A desestatização da elétrica poderia ser por venda de controle ou por emissão e diluição de ações (Adriano Machado/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 22 de agosto de 2017 às 15h26.
Última atualização em 22 de agosto de 2017 às 18h49.
Brasília - O processo de desestatização da Eletrobras, anunciado pelo governo federal, deverá estar concluído até o final do primeiro semestre do ano que vem, deixando a empresa mais competitiva para enfrentar "players" globais que estão ingressando no setor do Brasil, disse o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, nesta terça-feira.
A proposta de privatização, anunciada na véspera, será apresentada ao Programa de Parcerias de Investimentos na quarta-feira, um movimento que deve disparar estudos para o detalhamento dos caminhos a serem perseguidos no processo, acrescentou Coelho Filho, em entrevista a jornalistas.
As ações preferenciais disparavam mais de 20 por cento na B3, enquanto as ordinárias estavam cerca de 40 por cento, às 12:13, apesar de incertezas sobre como será o processo em que a União abrirá mão de seu controle.
A desestatização da elétrica poderia ser por venda de controle ou por emissão e diluição de ações, comentou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, durante e coletiva de imprensa.
Segundo Guardia, a modelagem relativa à desestatização "não pode" ser adiantada ainda, nem qual será a forma e nem a participação final da União.
De acordo com o secretário, a desestatização da Eletrobras não configura receita primária para o governo, enquanto Coelho Filho ressaltou que o processo não é apenas por questões arrecadatórias.