Economia

Desenrola: governo quer estender programa até março de 2024 e renegociações somam R$ 29 bi

Até o momento, o programa atingiu 10,7 milhões de brasileiros e totalizou R$ 29 bilhões em dívidas renegociadas, em todas as fases

Além disso, o governo também quer alterar a regra de acesso à plataforma, que hoje prevê nível prata ou outro no site gov.br (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Além disso, o governo também quer alterar a regra de acesso à plataforma, que hoje prevê nível prata ou outro no site gov.br (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 6 de dezembro de 2023 às 12h00.

O Ministério da Fazenda anunciou nesta quarta-feira que vai editar uma medida provisória (MP) com a extensão até março de 2024 do programa de renegociação de dívidas do governo, o Desenrola Brasil. Pela lei aprovada em outubro, o programa iria até 31 de dezembro deste ano.

Até o momento, o programa atingiu 10,7 milhões de brasileiros e totalizou R$ 29 bilhões em dívidas renegociadas, em todas as fases.

Além disso, o governo também quer alterar a regra de acesso à plataforma, que hoje prevê nível prata ou outro no site gov.br.

"Duas ações para as próximas semanas: mandar uma medida provisória para abrir mão desse requisito (prata ou ouro) e estender o prazo do Desenrola por mais alguns meses no ano. Mais três meses", anuncia o Secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto.

O programa foi dividido em duas grandes fases: a primeira focada em dívidas com bancos e negociadas diretamente com as instituições financeiras. A segunda, em andamento, tem maior apelo social, ao focar em dívidas bancárias e não bancárias de pessoas de até dois salários mínimos e cadastrados no CadÚnico.

Em paralelo, o governo demandou como regras para os bancos participarem do programa a retirada dos registros de negativados as pessoas com dívida de até R$ 100.

Fase 1 (dívidas bancárias)

  • 7 milhões de pessoas atendidas (dívidas até R$ 100);
  • 2,7 milhões de pessoas atendidas (dívidas bancárias);

Fase 2 (todos os tipos de dívida para quem ganha até 2 salários mínimos)

  • 1 milhão de pessoas atendidas;
  • Só nesta fase foram R$ 5 bilhões em dívidas renegociadas;
  • 2,2 milhões de contratos renegociados

32 milhões CPFs

Essa segunda fase, a mais importante do programa, foi iniciada em outubro com o potencial de alcançar até 32 milhões CPFs. Ou seja, o governo está longe desse patamar.

— O número de pessoas que ainda não visitaram a plataforma e tem benefícios lá é muito grande. Muitas vezes são pessoas mais idosas e de baixa renda. Contamos com o apoio para a divulgação, para que as pessoas não percam essa oportunidade — declarou o secretário da Fazenda.

Setores com mais renegociações na fase 2:

  • Serviços financeiros (R$ 3,3 bilhões);
  • Securitizadoras (R$ 513 milhões);
  • Conta de luz (R$ 143 milhões);
  • Comércio (R$ 213 milhões);
  • Construtoras, locadoras de veículos, cooperativas (R$ 43 milhões);
  • Educação (R$ 53 milhões);
  • Conta de telefone (R$ 28 milhões);
  • Conta de água (R$ 8 milhões);
  • Empresa de Pequeno Porte e Microempresa (R$ 4 milhões).
Acompanhe tudo sobre:Desenrola

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor