Em São Paulo, a taxa de desocupação passou de 12,2% no primeiro trimestre para 13,6% no segundo trimestre (Amanda Perobelli/Reuters Business)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de agosto de 2020 às 10h31.
Última atualização em 28 de agosto de 2020 às 11h02.
A taxa de desocupação no total do País no segundo trimestre foi de 13,3%, ante 12,% no segundo trimestre do ano passado. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Todos os setores da economia foram impactados pela perda de emprego, principalmente os mais sensíveis às políticas de distanciamento social, como o comércio. A perda no setor foi de 2,1 milhões de vagas. Na construção civil, foram 1,1 milhão a menos no período, por exemplo.
A taxa de desocupação teve avanço estatisticamente significativo em 11 das 27 Unidades da Federação (UFs) na passagem do primeiro trimestre para o segundo trimestre de 2020.
No Estado de São Paulo, a taxa de desocupação passou de 12,2% no primeiro trimestre para 13,6% no segundo trimestre. As maiores taxas no período de abril a junho foram observadas na Bahia (19 9%), em Sergipe (19,8%) e em Alagoas (17,8%). Os menores resultados ocorreram em Santa Catarina (6,9%), Pará (9,1%) e Rio Grande do Sul (9,4%).
A maior alta do primeiro para o segundo trimestre ocorreu em Sergipe, cuja taxa de desemprego apresentou alta de 4,3 pontos porcentuais (p.p.). outros aumentos relevantes ocorreram em Mato Grosso do Sul (+3,7 p.p.) e Rondônia (+2,3 p.p). Segundo o IBGE, apenas Amapá e Pará tiveram queda na taxa (-5,8 p.p. e -1,6 p.p. respectivamente). Os demais Estados apresentaram estabilidade na taxa de desemprego.
O desalento aumentou quase 20% no segundo trimestre. Foram 5,6 milhões que perderam a esperança de encontrar uma vaga no mercado de trabalho, quase um milhão a mais que no primeiro trimestre. Foram mais 913 mil trabalhadores nessa condição
Em dois estados, a taxa de desemprego chegou perto de 20%. Na Bahia, o desemprego alcançou 19,9% da força de trabalho no segundo trimestre, momento mais rigoroso da quarentena para conter a pandemia do coronavírus. Em Sergipe, a taxa ficou em 19,8%. Cerca de 8,9 milhões de trabalhadores
perderam o emprego entre abril e junho, e a taxa média do trimestre foi de 13,3%.