Economia

Desemprego nos Estados Unidos cai para 3,5%, menor nível em quase 50 anos

Foram criadas 136 mil novas vagas de emprego no país em setembro; taxa de desemprego é a mais baixa desde dezembro de 1969

Donald Trump: Estados Unidos registram a menor taxa de desemprego desde 1969 (Kevin Lamarque/Reuters)

Donald Trump: Estados Unidos registram a menor taxa de desemprego desde 1969 (Kevin Lamarque/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de outubro de 2019 às 09h51.

Última atualização em 4 de outubro de 2019 às 10h18.

Os Estados Unidos criaram 136 mil empregos em setembro, segundo dados com ajustes sazonais publicados hoje pelo Departamento do Trabalho. O resultado veio abaixo da mediana da previsão de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de geração de 150 mil vagas.

Já a taxa de desemprego caiu de 3,7% em agosto para 3,5% em setembro, atingindo o menor nível desde dezembro de 1969. A projeção do mercado era de manutenção da taxa em 3,7%.

O número combinado de criação de postos de trabalho de agosto e julho foi revisado para cima, em 45 mil postos.

No entanto, o relatório mensal de empregos do Departamento do Trabalho mostrou que o crescimento mensal dos salários permaneceu inalterado e a criação de novos postos de trabalho na indústria diminuiu pela primeira vez em seis meses, com o setor de varejo continuando a perder empregos.

O relatório veio na esteira de uma série de dados econômicos fracos, incluindo queda na atividade industrial para a mínima de mais de uma década em setembro e uma forte desaceleração no crescimento do setor de serviços, para os níveis mais fracos desde 2016.

Com sinais de que a guerra comercial prolongada do governo Trump contra a China está contaminando a economia em geral, a força contínua do mercado de trabalho é uma defesa importante contra uma crise econômica.

O salário médio por hora dos trabalhadores caiu 0,04% em setembro ante agosto, ou US$ 0,01, para US$ 28,09 por hora. Na comparação anual, o aumento foi de 2,9%. As previsões eram de ganho mensal de 0,20% e de acréscimo anual de 3,2%.

O setor privado criou 114 mil vagas em setembro, ante 122 mil em agosto. A manufatura perdeu 2 mil postos no mês passado, o primeiro declínio desde março, depois de contratar 2 mil trabalhadores em agosto.

O setor público abriu 22 mil empregos em setembro, após 46 mil vagas em agosto.

O número de novas vagas em agosto foi provavelmente limitada por fatores sazonais relacionados à saída de jovens de seus empregos de verão para retornarem à escola. Economistas consultados pela Reuters previam a criação de 145 mil vagas nos EUA em setembro.

Independente de a criação de vagas de trabalho permanecer moderada, economistas esperam que o Federal Reserve corte a taxa de juros ao menos mais uma vez este ano dadas as incertezas da política comercial.

Os ganhos de emprego de setembro ficaram abaixo da média mensal de 161 mil este ano, mas ainda acima dos cerca de 100 mil postos necessários a cada mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa.

A fatia da população dos EUA que participa da força de trabalho ficou inalterada em setembro ante o mês anterior, em 63,2%.

Com informações da Dow Jones Newswires.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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